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Segurança Hídrica
Agricultura irrigada para diminuir a pobreza e as desigualdades no Brasil
O secretário Nacional de Segurança Hídrica do MiIDR, Giuseppe Vieira, participa do evento de Alto Nível Roteiro Nacional de Recursos Hídricos, rumo à Agenda 2030, nesta segunda-feira (20), no 10º Fórum Mundial da Água, em Bali, Indonésia (Fotos: Beatriz Reis/MIDR)
Brasília (DF) – A convite da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o secretário Nacional de Segurança Hídrica do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Giuseppe Vieira, participou do evento de Alto Nível Roteiro Nacional de Recursos Hídricos, rumo à Agenda 2030, nesta segunda-feira (20), durante o 10º Fórum Mundial da Água, em Bali, na Indonésia.
Giuseppe Vieira e a diretora de Irrigação do MIDR, Larissa Rêgo, apresentaram ações da pasta para contribuir com a FAO e, consequentemente, todo o planeta. Foram mostradas as estratégias, como uso de tecnologias com o objetivo de melhorar a nutrição da população e garantir da agricultura irrigada em países tropicais, capazes de garantir a produtividade e multiplicar por 2, 3, 5 ou mais a produção de uma determinada área de cultivo.
A agricultura irrigada no Brasil tem uma ampla distribuição geográfica, abrangendo diversas regiões do País. As principais áreas irrigadas se concentram no Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e Sul, com destaque para os estados de Mato Grosso, Goiás, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Os sistemas de irrigação empregados variam de acordo com as características climáticas, topográficas e hídricas de cada região, incluindo métodos como pivô central, gotejamento e aspersão. Essa diversidade de técnicas permite uma adaptação às necessidades específicas de cada cultura e local.
Doze polos
O MIDR reconheceu, até o momento, 12 polos de agricultura irrigada, atingindo cerca de 1,4 milhão hectares, gerando quatro milhões de empregos diretos e indiretos.
“A agricultura irrigada desempenha papel fundamental na produção de alimentos no Brasil, contribuindo significativamente para a segurança alimentar do País e do mundo. Com suas vastas terras agricultáveis e condições climáticas favoráveis, o Brasil possui enorme potencial para expandir e aprimorar suas práticas de irrigação, aumentando a produtividade e a resiliência de suas lavouras”, destacou o secretário Giuseppe Vieira.
Entre os principais objetivos da Agenda 2030, asseguram a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos, alcançar o acesso universal e equitativo a água potável e segura, proporcionar acesso a saneamento e higiene adequados e equitativos para todos e acabar com a defecação a céu aberto, com especial atenção para as necessidades das mulheres e meninas e das pessoas em situação de vulnerabilidade.
Qualidade de vida
Outras metas são melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despejo e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo à metade a proporção de águas residuais não tratadas e aumentando substancialmente a reciclagem e reutilização segura globalmente, aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em todos os setores e assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce para enfrentar a escassez de água. E, de maneira primordial, reduzir substancialmente o número de pessoas que sofrem com a escassez de água e implementar a gestão integrada dos recursos hídricos em todos os níveis, por meio da cooperação transfronteiriça.
Pavilhão Latino-Americano
A delegação do MIDR participou em conjunto com a delegação da Agência Nacional de Águas e Saneamento, do lançamento do Pavilhão Latino-Americano, iniciativa da ANA, que engajou participantes de outros países da América Latina, além de diversos patrocinadores brasileiros.
Durante o lançamento, o secretário abordou, entre os temas de destaque, agenda climática, a integração regional e a redução das desigualdades e da pobreza, prioridades no governo do presidente Lula.
“Com iniciativas como o Consenso de Brasília, onde nos reunimos com os 1a2 países da América Latina, o fortalecimento da atuação da Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA) e o manejo transfronteiriço de recursos hídricos, além de um esforço conjunto para gestão de riscos e desastres no âmbito do Mercosul, temos a oportunidade de nos unirmos para enfrentarmos nossos desafios de forma conjunta”, disse Giuseppe Vieira.