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INCÊNDIOS
“Não tem vencedor na queimada”, diz Waldez
Ministro afirma que, conforme determinação do presidente Lula, os ministérios devem atuar em parceria com os governos estaduais e municipais para prestar socorro às vítimas. (Foto: Márcio Pinheiro/MIDR)
Brasília/DF - “Não tem vencedor na queimada”, advertiu o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, no programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação. Segundo ele, “meia dúzia de pessoas acabam passando por cima do interesse maior, da coletividade, e fazem atos que prejudicam a sociedade brasileira”.
O Brasil passa atualmente pelo pior período de estiagem dos últimos 75 anos, revelam dados do Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática (MMA). 58% do território é afetado pela seca — algo jamais registrado desde o início das medições pluviométricas — e das 27 unidades da federação somente duas, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, não registraram emergência por falta de chuvas.
O fenômeno é especialmente preocupante na Amazônia. Lá, 80 municípios já tem o estado de emergência reconhecidos pela União por conta da seca. Os estados do Acre, Rondônia, Roraima e Amazonas sofrem com a baixa vazão dos rios. “A floresta perdeu umidade, está seca”, explicou o ministro, durante a entrevista. “Assim, o fogo se alastra rapidamente.” 141 cidades decretaram situação de emergência por causa de incêndios florestais. “E nós sabemos que a seca começa aí e depois vai atingindo o baixo Amazonas, no Pará e Amapá.”
Nas duas últimas semanas, a fumaça dos incêndios no centro-norte do País tomou o ar não só da capital, Brasília, mas chegou a São Paulo e até ao Rio Grande do Sul. “A queimada, além de prejudicar o meio ambiente, prejudica a saúde pública, os negócios do Brasil, os empreendedores são prejudicados”, condena o ministro do Desenvolvimento Regional.
“O presidente Lula determinou que os ministérios atuem próximos dos governos estaduais e municipais, sob a coordenação do ministro Rui Costa, da Casa Civil, para prestar todo o socorro e ajuda humanitária que for preciso”, frisou Waldez Góes. Até o último dia 20 de setembro, o Governo Federal havia aprovado planos de trabalho no montante de R$ 82,4 milhões tanto para os casos de estiagem quanto de incêndios nos três principais biomas atingidos — Amazônia, Pantanal e Cerrado.
O ministro rechaçou a crítica de que o Governo Federal deveria ter agido preventivamente contra os incêndios. “No Pantanal, mais de 70% dos focos de fogo estavam em áreas privadas. O governo não pode entrar numa área privada antes de o crime acontecer. Da mesma forma aconteceu em São Paulo, que está em fase de investigação”, lembrou.
De 820 focos de incêndios registrados em 2024 na Amazônia, Pantanal e Cerrado, 402 deles foram extintos e outros 184, controlados, segundo o MMA. Para tanto, o Governo Federal enviou 2.992 profissionais, entre agentes do Ibama, do ICMBio, das Forças Armadas e da Força Nacional, e mobilizou 30 aviões e helicópteros.
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