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Exportações crescem 20,6% em janeiro
Superávit de US$ 2,725 bilhões é o maior dos últimos 11 anos
Brasília (1º de fevereiro) – Em janeiro, as exportações brasileiras foram de US$ 14,911 bilhões, com crescimento de 20,6% em relação a janeiro de 2016. No primeiro mês do ano, as importações somaram US$ 12,187 bilhões, o que representou um aumento de 7,3% sobre igual período do ano anterior.
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Na entrevista coletiva para comentar os dados, o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do MDIC, Herlon Brandão, informou que a taxa de crescimento das exportações em janeiro foi a maior desde 2011, quando o aumento tinha sido de 28,2%. Em relação às importações, segundo Brandão, janeiro de 2017 teve a maior taxa de crescimento para o mês desde 2013 (14,7%).
O diretor também destacou o superávit de US$ 2,725 bilhões, o segundo maior para meses de janeiro desde 2006 (US$ 2,83 bilhões). Se comparado com o saldo registrado em janeiro de 2016 (US$ 915 milhões), o valor apresentou crescimento de 197,8%.
Fator agregado
Em janeiro de 2017, as exportações tiveram crescimento em todas as categorias de produtos: básicos (US$ 6,787 bilhões, com crescimento de 30% em relação ao mesmo período de 2015), manufaturados (US$ 5,123 bilhões; 7,4%) e semimanufaturados (US$ 2,597 bilhões; 27,5%).
“Notamos que houve aumento de preços de praticamente todos os produtos. Ao contrário do que aconteceu nos últimos anos, tivemos um aumento de preço de 20,1% nas exportações. Nos básicos, tivemos melhoras de preço e quantidade. Para o ano, esperamos que se confirme a tendência de crescimento de preço das commodities minerais”, analisa Brandão.
Nos básicos, quando comparados com janeiro de 2016, cresceram as vendas principalmente de soja em grão (124,7%), minério de ferro (124,5%), petróleo em bruto (97,7%) e carne suína (60,2%). No grupo dos manufaturados, o destaque foram as vendas de óleos combustíveis (271,2%), suco de laranja não congelado (251,2%), veículos de carga (114%) e açúcar refinado (66,9%). Entre os semimanufaturados, houve incremento nas exportações de açúcar em bruto (112,7%), semimanufaturados de ferro/aço (74,4%), madeira serrada (32,8%) e ferro-ligas (26%).
Em relação às importações, houve aumento das compras de bens intermediários (22,8%), combustíveis e lubrificantes (15,8%), além de bens de consumo (2,8%), enquanto que retrocederam as compras de bens de capital (-40,1%).
Segundo Brandão o aumento das compras externas em janeiro são bom sinal. “Consideramos que seja um sinal de melhora da economia brasileira, motivada pelo crescimento da atividade industrial”, disse. Em relação à previsão para 2017, Brandão reafirmou a expectativa de um saldo nos mesmos patamares de 2016, com crescimento das exportações e das importações.
Países parceiros
Os cinco principais compradores de produtos brasileiros em janeiro foram: China (US$ 3,027 bilhões), Estados Unidos (US$ 1,828 bilhão), Argentina (US$ 1,036 bilhão), Países Baixos (US$ 681 milhões) e Índia (US$ 417 milhões). Cresceram as vendas para Ásia (34,2%), Oriente Médio (28,3%), União Europeia (12,7%) e Mercosul (14,9%).
Em relação às importações, os cinco principais fornecedores do Brasil foram: China (US$ 2,332 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,135 bilhões), Alemanha (US$ 738 milhões), Argentina (US$ 680 milhões) e Coreia do Sul (US$ 448 milhões). Aumentaram as compras de produtos vindos da África (89,4%) e Mercosul (31,9%).
Argentina
Em janeiro, as exportações brasileiras para a Argentina aumentaram 14,1% por conta principalmente de veículos de carga, automóveis de passageiros e autopeças, ônibus, laminados planos e carne suína. Já as compras originárias do país vizinho cresceram 27,1%, devido à importação de milho em grão, trigo em grão, automóveis de passageiros e cevada em grão.
Esta semana, o ministro Marcos Pereira e o ministro da Produção da Argentina, Francisco Cabrera, participaram da III Reunião da Comissão Bilateral de Produção e Comércio, em Brasília. No encontro, discutiram, entre outros assuntos, a ampliação da rede de acordos comerciais do Mercosul.
Leia também : Brasil e Argentina reafirmam parceria estratégica para fortalecer Mercosul e buscar novos mercados
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