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BRASIL MAIS PRODUTIVO
Alckmin: Meta é digitalizar, ganhar produtividade, reduzir custos, qualificar e fazer as empresas crescerem
Em um evento realizado na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), nesta segunda-feira, 23 de setembro, o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, deu início à terceira etapa do programa Brasil Mais Produtivo, com foco na transformação digital das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).
Alckmin destacou a importância da iniciativa para o desenvolvimento do país e resumiu os objetivos do programa: “A meta é digitalizar, é ganhar produtividade, reduzir custos, qualificar e fazer as empresas crescerem”, afirmou. Ele ressaltou o foco nas micro, pequenas e médias empresas, que formam a maioria das empresas brasileiras, e são as que mais precisam de apoio para crescer (leia mais sobre a nova etapa lançada). O programa integra a missão 4 ("transformação digital") da Nova Indústria Brasil, a política industrial lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro deste ano.
Durante o evento, o o presidente em exercício também elencou uma série de ações que vêm sendo realizadas pelo governo federal e que foram essenciais para a retomada da indústria neste ano. Entre eles, destacou o programa Depreciação Acelerada, para renovação do parque fabril brasileiro); a Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), um novo título de investimento que ampliará os recursos para o setor produtivo; o programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que incentiva a inovação e a descarbonização da cadeia automotiva; e o Reiq (Regime Especial da Indústria Química). Também ressaltou a implantação do novo Padis (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores), que amplia e prorroga os incentivos fiscais para a indústria de semicondutores e tecnologia da informação, estimulando a pesquisa, desenvolvimento e inovação no setor; e o marco de garantias, que regula empréstimos.
Alckmin citou ainda os esforços para redução do tempo de registro de patentes. "Reduzimos de sete para quatro anos e meio. No ano que vem, [será] três anos, e em 2026, dois anos, que é o padrão internacional de registro de patentes, para estimular a inovação".
Ao final de sua fala, o presidente em exercício reafirmou o compromisso com o arcabouço fiscal e citou a queda da carga tributária, que passou de 33,07% do PIB, em 2022, para 32,04% em 2023. De acordo com ele, a maior queda da carga tributária se deu no governo federal, enquanto houve redução menor por parte dos estados e aumento da carga entre municípios. “Vamos cumprir o arcabouço fiscal. Como cresceu a economia, cresceu a arrecadação, é óbvio, então, por isso que houve um pequeno descontingenciamento, mas está mantido rigorosamente o arcabouço fiscal.”
Participaram do evento o presidente da Fiesp, Josué Gomes; o presidente em exercício do SEBRAE Nacional, Bruno Quick; o diretor de inovação da Finep, Elias Ramos; o presidente da Embrapii, Álvaro Prata; o presidente da ABDI, Ricardo Capelli, o diretor financeiro e de Mercado de Capitais do BNDES, Alexandre Abreu;
Smart Factories: o futuro da indústria brasileira
A nova etapa do programa prevê a criação de “fábricas inteligentes” por meio de investimentos de R$ 160 milhões em tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, focadas na resolução de problemas relacionados à produtividade.
A iniciativa, fruto de uma parceria entre FINEP e BNDES, visa apoiar 360 projetos que poderão beneficiar até 8,4 mil MPMEs.
As empresas selecionadas receberão apoio técnico e financeiro para o desenvolvimento e a implementação de tecnologias como sensores digitais, computação em nuvem, Big Data, IoT, impressão 3D e inteligência artificial.
Além dos projetos de inovação, o programa também oferecerá consultorias em transformação digital para médias empresas industriais, com 70% do custo subsidiado pela ABDI. As empresas participantes terão acesso a uma ferramenta de avaliação de maturidade digital e poderão contar com linhas de financiamento do BNDES e FINEP para implementar as tecnologias.
A iniciativa visa reduzir as desigualdades tecnológicas entre as empresas, promovendo uma economia mais equilibrada e inclusiva. A transformação digital das indústrias é fundamental para o aumento da competitividade do setor e a geração de novos postos de trabalho, em especial especializados e intensivos em conhecimento. e
O Brasil Mais Produtivo é uma iniciativa conjunta do MDIC, BNDES, FINEP, Embrapii, ABDI, Sebrae e Senai. Essa parceria demonstra o compromisso do governo em fortalecer a indústria nacional e promover o desenvolvimento econômico do país.
A porta de entrada no programa é pelo site do Brasil Mais Produtivo.