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Neoindustrialização
No Confert, Petrobras apresenta estratégia para Reentrada no Mercado de Fertilizantes
- Foto: Foto: Júlio César Silva/MDIC
Em reunião do Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert), realizada nesta quarta-feira (27), a Petrobras reafirmou a intenção de fortalecer o setor de fertilizantes no Brasil. O plano estratégico da empresa prevê o investimento de US$ 900 milhões, no período de 2025-2029.
A retomada inclui a reativação de unidades industriais e o desenvolvimento de novas tecnologias, com potencial de geração de 13 mil empregos diretos e indiretos, buscando retomar e ampliar sua atuação no segmento.
Conduzindo a reunião, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou que o Brasil tem o desafio de diminuir a dependência externa, aumentando a produção brasileira de fertilizantes. O ministro informou, ainda, a previsão de inclusão do setor de fertilizantes na ampliação das atividades industriais que podem ser beneficiadas pelo programa de Depreciação Acelerada.
“Então, troca de máquinas, equipamentos, componentes. Ao invés de depreciar em quinze anos pode depreciar em dois anos. um estímulo importante para modernização de todo o parque fabril”, explicou Alckmin.
Retomada de quatro plantas
De acordo com o gerente executivo de Processamento de Gás Natural da Petrobras, , Wagner Felicio de Oliveira, entre os destaques, estão a unidade localizada em Três Lagoas (MS), com capacidade para produzir 3.600 toneladas diárias de ureia. Além disso, a companhia pretende reativar a planta de Araucária (PR), atualmente hibernada, com previsão de reinício em maio de 2025.
As plantas de Fafem Bahia e Sergipe, atualmente arrendadas à Unigel, também estão em negociação para retorno às operações no início de 2025. Somadas, essas unidades poderão alcançar uma capacidade total de produção de ureia equivalente a 35% do mercado nacional.
Outro avanço importante é a integração da Petrobras ao Centro de Excelência em Fertilizantes e Nutrição de Plantas (CEFENP), coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. A estatal definiu três linhas principais de pesquisa: fertilizantes a base de ureia; fertilizantes organominerais; e orgânicos e biofertilizantes e bioestimulantes.
Com as iniciativas previstas, a Petrobras busca não apenas impulsionar sua rentabilidade e resiliência no setor, mas também contribuir para a segurança alimentar do Brasil e a redução da dependência de importação de fertilizantes.
A retomada do setor é vista como estratégica para fortalecer a produção agrícola nacional, atendendo à crescente demanda por fertilizantes e promovendo o desenvolvimento econômico sustentável.
O representante do Sindicato Nacional das Indústrias de Matérias-Primas para Fertilizantes apresentou um panorama do setor e apresentou projetos em andamento e planejados, com foco na transformação da indústria de fertilizantes.