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NOTA DE APOIO
NOVA INDÚSTRIA BRASIL TAMBÉM FOMENTARÁ NEOINDUSTRIALIZAÇÃO NA AMAZÔNIA
Nesta segunda-feira (22/01), o Governo Federal lançou a Nova Indústria Brasil (NIB), uma nova política industrial com metas para impulsionar o desenvolvimento do setor até 2033. Serão R$ 300 bilhões para financiamentos destinados ao plano até 2026. Além dos R$ 106 bilhões anunciados na primeira reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), em julho, outros R$ 194 bilhões foram incorporados de diferentes fontes de recursos e redirecionados para dar suporte ao financiamento das prioridades do programa.
Nos moldes do Plano de Retomada da Indústria, entregue pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao governo no ano passado, a Nova Indústria Brasil define metas para cada uma das seis missões que norteiam os trabalhos até 2033. Foram definidas áreas prioritárias para investimentos e um conjunto de ações que envolvem a união dos integrantes do CNDI, tanto governo como setor produtivo.
Para a CNI o governo brasileiro está no caminho certo ao lançar uma nova política de neoindustrialização. “Esse é o anúncio de uma política pública moderna, que redefine escolhas para o desenvolvimento sustentável, com mais investimento, produtividade, exportação, inovação e empregos, por meio da neoindustrialização”, afirmou o vice-presidente da CNI e representante da entidade na cerimônia de lançamento, Léo de Castro.
“A indústria brasileira precisa de instrumentos modernos e semelhantes aos que promovem a indústria nas nações líderes. É preciso recolocar a indústria no centro da estratégia de desenvolvimento, para que possamos retomar índices de crescimento maior e poder ofertar um caminho consistente e alinhado com o que os países desenvolvidos fazem”, completou.
Indústria da Amazônia terá avanços
Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Alex Carvalho, a Nova Indústria Brasil também atende aos anseios do setor produtivo da Amazônia. “Essa ação do Governo Federal é extremamente necessária para propiciar mais investimentos para a indústria brasileira e converge com as pautas que a FIEPA tem defendido para fortalecer a indústria da Amazônia. Em meio a este cenário de emergência climática no qual vivemos, a indústria precisa aperfeiçoar seu processo fabril, com vistas a uma economia de baixo carbono, com redução das emissões e direcionada também à redução das desigualdades sociais”, avaliou Alex Carvalho.
Para a FIEPA, a modernização do parque industrial permitirá que as empresas da região aperfeiçoem seus processos produtivos, reduzam as emissões e consigam atender aos compromissos globais pela descarbonização. “Acreditamos que essa nova política de financiamento que prevê recursos direcionados à modernização do parque industrial, à pesquisa e tecnologia, à qualificação de mão de obra e à melhoria da infraestrutura, será fundamental para que possamos atender aos compromissos globais pela descarbonização por meio da bioeconomia e a transição energética, componentes fundamentais para garantir uma industrialização mais inclusiva, sustentável, inovadora e justa, em sintonia com a conservação ambiental, a competitividade, o desenvolvimento econômico e o bem-estar social”, garantiu o presidente da FIEPA.
Missão 1: Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar, nutricional e energética
Para alcançar as metas dessa missão, algumas das prioridades são a fabricação de equipamentos para agricultura de precisão, máquinas agrícolas para a grande produção, e a ampliação e a otimização da capacidade produtiva da agricultura familiar para a produção de alimentos saudáveis.
Missão 2: Complexo econômico industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde
A meta é ampliar a participação da produção no país de 42% para 70% das necessidades nacionais em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, entre outros, contribuindo para o fortalecimento do SUS e a melhoria do acesso da população à saúde.
Missão 3: Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e bem-estar nas cidades
Uma das propostas é ampliar em 25 pontos percentuais a participação da produção brasileira na cadeia da indústria do transporte público sustentável. Para se ter uma ideia, hoje representa 59% da cadeia de ônibus elétricos.
Missão 4: Transformação digital da indústria para ampliar a produtividade
Para que 90% do total das empresas industriais brasileiras (hoje são 23,5%) sejam digitalizadas e a participação da produção nacional nos segmentos de novas tecnologias seja triplicada, é preciso investir na indústria 4.0, no desenvolvimento de produtos digitais e na produção nacional de semicondutores, entre outros.
Missão 5: Bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas para garantir os recursos para futuras gerações
Um dos objetivos para a transformação ecológica na indústria é aumentar o uso da biodiversidade pela indústria e, ainda, reduzir em 30% a emissão de carbono da indústria nacional, que tem 107 milhões de toneladas de CO2 por trilhão de dólares produzido.
Missão 6: Tecnologias de interesse para a soberania e defesa nacionais
A meta é conseguir autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas para fortalecer a soberania nacional. Assim, a prioridade será para ações voltadas ao desenvolvimento de energia nuclear, sistemas de comunicação e sensoriamento, sistemas de propulsão e veículos autônomos e remotamente controlados.
Nota da FIEPA, com informações da Agência de Notícias da Indústria (CNI)