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NEOINDUSTRIALIZAÇÃO
Indústria vai fazer a diferença este ano, diz Alckmin
Em sua participação no 2º Warren Institutional Day, evento que reúne líderes e especialistas para discutir os impactos políticos e econômicos no mercado, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a indústria fará a diferença no cenário econômico brasileiro este ano.
“A indústria está crescendo. Vai fazer diferença este ano. Há um esforço grande de recuperar o setor”, afirmou Alckmin, citando dados da Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE, segundo os quais, a produção industrial cresceu 4,1% em junho, em comparação a maio, e 3,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, superando as expectativas do mercado. “A indústria vai ajudar o PIB a melhorar.”
Ele celebrou os investimentos que vêm sendo anunciados pelo setor produtivo na esteira da Nova Indústria Brasil, política industrial lançada pelo presidente Lula em janeiro deste ano. “Indústria de automóveis (anunciou) R$ 130 bilhões; ndústria de alimentos, R$ 120 bilhões; indústria siderúrgica, R$ 100 bilhões. Quando se tem confiança, você vai ter investimento”, disse o ministro.
A queda da ociosidade também contribui para o cenário positivo. De acordo com o vice-presidente, o país está com 83,4% da capacidade produtiva da indústria em execução.
Esse desempenho positivo é resultado, segundo ele, de um cenário econômico favorável — com queda de inflação e do risco-país e aumento da renda da população — e também de uma série de iniciativas governamentais. Entre elas, a própria NIB, que envolve investimentos, incentivos fiscais e ações para fomentar a inovação, a sustentabilidade, a competitividade e as exportações.
Entre as ações em curso que contribuem para o cenário otimista estão a criação da LCD (Letra de Crédito do Desenvolvimento), para financiar projetos industriais com condições mais atrativas para os empresários; a depreciação acelerada, para renovar o parque fabril; e o programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação), para a inovação e descarbonização da frota automotiva.
Alckmin também destacou a importância da reforma tributária, essencial para aumentar a competitividade da indústria brasileira.
Rigor fiscal - Alckmin voltou a reforçar que o governo vai cumprir o arcabouço fiscal. "Rigor fiscal é social, não é economicista. Com rigor fiscal, nós vamos ter mais investimento e mais emprego. Vamos ter menor inflação e portanto melhor renda. Inflação não é socialmente neutra. Atinge o mais pobre. Se traduz em investimento, crescimento do emprego e melhorando a renda da população", concluiu.