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MULHERES NO COMÉRCIO EXTERIOR
MDIC e Ministério das Mulheres se unem para capacitar jovens mulheres em comércio exterior
Os ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e das Mulheres formalizaram nesta quarta-feira (3/4) um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o objetivo de promover a inclusão de mulheres jovens em situação de vulnerabilidade social em atividades de alta qualificação no comércio exterior. O acordo estabelece parceria estratégica para incentivar e capacitar mulheres entre 15 e 29 anos por meio da promoção de ações de gênero de ambos os ministérios, como iniciativas de qualificação profissional e o Programa “Elas Exportam”, do MDIC, e o Programa “Asas Pro Futuro”, do MMulheres.
“Empresas atuantes no comércio exterior se apresentam como uma oportunidade para as mulheres receberem melhores salários e desenvolver maior nível de qualificação", afirma o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin.
“É uma oportunidade para fazer a diferença na vida de jovens mulheres e criar um caminho para que façam crescer sua renda e assim tenham maior participação na economia. Sabemos que historicamente as profissões mais bem remuneradas são ocupadas em sua maioria por homens e queremos mudar essa realidade”, completa a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
Entre as ações concretas que podem ser executadas a partir do acordo, por exemplo, estão a oferta de cursos em EAD para mulheres interessadas em atuar nas funções de analista de comércio exterior em empresas, auxiliares de despachantes aduaneiros ou mesmo capacitações para aquelas que tiverem vocação para empreender na área de comércio exterior.
Cenário — Há muito trabalho a ser feito para ampliar a participação feminina no setor. Segundo o estudo “Mulheres no Comércio Exterior: Uma Análise para o Brasil”, publicado pela Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, as mulheres ocupam 32,5% dos empregos nas firmas que atuam no comércio exterior. Quando se avalia a proporção de empregados em relação ao porte das empresas, verifica-se que a participação das mulheres tende a ser maior nas pequenas empresas, com até 9 empregados. Já sob a perspectiva de mulheres empresárias, apenas 14% das empresas exportadoras brasileiras possuem preponderância feminina em seus quadros societários, e esse percentual é maior dentre as micro e pequenas empresas.
O público-alvo dessa iniciativa leva em conta, por exemplo, dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgado pelo IBGE, em 2023, segundo os quais mais de 10,9 milhões de jovens (22,3% do total desse público) estão sem emprego e sem estudar por ausência de oportunidades. Dos jovens que estão nesse contexto, 52% são mulheres, 61,2% são pobres e 66% são negros.
“Diante desses diagnósticos, os ministérios uniram esforços para garantir melhores oportunidades de emprego e de empreendedorismo para mulheres brasileiras, a fim de promover maior empoderamento econômico e social”, ressalta Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do MDIC.
Sobre o Elas Exportam
O programa, que é desenvolvido pelo MDIC em parceria com a ApexBrasil e tem ciclos semestrais, oferece mentorias individuais, oficinas e seminários para auxiliar no desenvolvimento de competências e habilidades técnicas e socioemocionais necessárias à atividade exportadora.
O programa está dentro das iniciativas do governo federal destinadas a promover ações voltadas à equidade de gênero.
Sobre o Asas pro Futuro
Coordenado pelo Ministério das Mulheres em parceria com Ministério do Trabalho e Emprego e a Secretaria-Geral da Presidência da República, o programa Asas pro Futuro visa ampliar a participação de mulheres jovens de 15 a 29 anos em situação de pobreza, preferencialmente mulheres negras e indígenas, em setores estratégicos do desenvolvimento econômico, como as áreas de exatas chamadas “STEAM”, tecnologia, energia, infraestrutura, logística, transportes, audiovisual, ciência e inovação, com ênfase em carreiras voltadas para a sustentabilidade socioeconômica.
Além da parceria com o MDIC, estão previstos acordos de cooperação e parcerias com o Ministério de Minas e Energia (MME), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Caixa Econômica Federal e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).