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COMÉRCIO BILATERAL
Brasil e Índia avançam em debate sobre cooperação e diversificação
Representantes dos governos do Brasil e da Índia realizaram, nesta quarta-feira (4/10), a 6ª Reunião do Mecanismo de Monitoramento do Comércio Bilateral entre os dois países, na sede do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em Brasília.
Na pauta, discussão de oportunidades de cooperação bem como os avanços na remoção de barreiras não-tarifárias ao comércio bilateral, tanto em produtos agrícolas quanto industriais. Energia renovável e biocombustíveis, aviação, turismo, e propriedade intelectual foram áreas cobertas na agenda de cooperação. Também foi feita uma avaliação do Acordo de Comércio Preferencial (ACP) Mercosul-Índia, assinado em 2004 e vigente desde 2009.
A reunião, pela manhã, foi comandada pela secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, e pelo secretário de Comércio do Ministério do Comércio e Indústria da Índia, Sunil Barthwal, com participação de representantes do Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Agricultura e Pecuária, Ministério do Turismo, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Os esforços de ambos os países são no sentido de ampliar o fluxo comercial bilateral, que foi de US$ 15,2 bilhões no ano passado. Embora o valor tenha sido recorde, a Índia representa apenas 2% de nossas exportações e 3,3% das nossas importações. “Há potencial para crescer muito mais”, avaliou Tatiana, para quem o desafio é também diversificar esse comércio, uma vez que apenas três produtos (óleo de soja, petróleo bruto e ouro) representaram 80% de nossas exportações para o mercado indiano. “A Índia é uma economia grande e que cresce a taxa elevadas, oferecendo oportunidades crescentes para mais segmentos da indústria e do agronegócio brasileiros”. A secretária destacou a importância de previsibilidade para ampliação dos fluxos comerciais e de agilidade na aprovação de exigências que afetam o comércio.
Após a reunião, os representantes dos dois países participaram de uma reunião de debriefing na Confederação Nacional da Indústria (CNI), quando apresentaram aos representantes do setor produtivo os resultados da discussão da reunião da manhã.
Na ocasião, o secretário executivo do MDIC, Marcio Elias Rosa, conversou com o secretário de Comércio da Índia, Sunil Barthwal, e reforçou o interesse do Brasil em trabalhar para ampliar expressivamente as relações comerciais entre os países.
"Temos, Brasil e Índia, uma relação política muito fraterna, mas temos uma relação comercial muito baixa. Passemos a trabalhar diuturnamente para ampliar esse volume”, afirmou. Ele reafirmou aos presentes o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o Brasil se torne grande referência de sustentabilidade ambiental, social e econômica, gerando empregos e distribuindo renda. “A Índia é o melhor parceiro para que esse futuro que nós desejamos comece a se tornar realidade", afirmou Elias Rosa.
Comércio Brasil – Índia
A Índia é um dos maiores parceiros do Brasil na Ásia, mas há ainda grande potencial não explorado para expandir e aprofundar essa parceria. Em 2022, o fluxo comercial entre os dois países atingiu um recorde de US$ 15,2 bilhões, representando um crescimento de 31,4% em relação ao ano anterior.
No ano passado, a Índia foi o 10º maior destino das exportações brasileiras e o 5º maior fornecedor das importações brasileiras. Ainda em 2022, o Brasil foi o 26º maior fornecedor das importações indianas e o 9º maior destino das exportações indianas. O Brasil representou 1% das importações da Índia e 2,1% das exportações da Índia.