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COMÉRCIO INTERNACIONAL
Fórum empresarial do Mercosul debate a economia sustentável da região
Realizado nesta segunda-feira (23/11) em Brasília, o XI Fórum Empresarial do Mercosul debateu as vantagens da região no comércio global, dentro da perspectiva de uma economia sustentável. O encontro teve tem como objetivo estreitar o diálogo entre o setor púbico e o setor privado para incentivar as contribuições à integração regional.
Promovido pela presidência pro tempore brasileira, representada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Fórum teve apoio de entidades empresarias dos demais países-membros: União Industrial Argentina (UIA), União Industrial Paraguaia (UIP) e Câmara de Indústrias do Uruguai (CIU).
Em vídeo exibido na abertura do encontro, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou a importância do bloco regional para a economia dos países-membros.
“Precisamos de mais comércio entre os países do bloco e de mais exportações para o mundo”, afirmou Alckmin. “É importante integrar economia da região à economia internacional”, acrescentou.
A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, representou o MDIC no painel “Comércio e sustentabilidade”, quando ressaltou que a relação entre comércio e desenvolvimento sustentável veio para ficar.
“Precisamos lidar com a realidade de que o comércio e o desenvolvimento sustentável, comércio e clima, são temas que se relacionam”, afirmou Tatiana. “Mas é preciso fazer isso sem prejudicar o comércio, sem prejudicar os investimentos e sem prejudicar a dimensão econômica do desenvolvimento sustentável”, acrescentou.
Tatiana destacou que o Brasil e os parceiros do Mercosul têm credenciais que os colocam em vantagem, quando comparados a outros países.
“É importante que consigamos sair da defensiva”, disse a secretária. Ela lembrou que, nas discussões internacionais sobre o desenvolvimento sustentável, fala-se muito de desmatamento e pouco sobre outras formas de emissão de gases poluentes.
“Não é possível que, no âmbito ambiental, toda a discussão se limite ao desmatamento, quando nós sabemos que os combustíveis fósseis têm impacto muito maior nas emissões globais”, afirmou.
Nota conjunta
Durante o encontro, os presidentes das entidades empresariais aprovaram uma nota conjunta, dirigida aos governos dos países do Mercosul, para indicar a pauta do setor privado na agenda do bloco.
O documento lista algumas prioridades da indústria da região, entre elas a conclusão do Acordo de Associação Mercosul-União Europeia e o avanço na convergência regulatória entre os países-membros.
Para Tatiana, a declaração “é um sinal inequívoco de que a indústria da região quer mais comércio intrabloco e quer mais integração com a economia internacional.
Ela destacou o apoio ao acordo Mercosul-UE. “A confirmação do apoio firme do setor privado dos quatro sócios à conclusão das negociações é extremamente oportuna, pois estamos diante de uma janela de oportunidade para chegarmos a um acordo equilibrado no início de dezembro”.