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MARCHA DOS PREFEITOS
Alckmin: Diálogo do governo federal com os municípios é total
O vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin, reafirmou hoje (28/3), durante abertura da 24ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, o “diálogo total” do governo federal com os prefeitos de municípios brasileiros, reforçando que os trabalhos já estão acontecendo em conjunto. Alckmin também voltou a defender a reforma tributária. “Queremos que os municípios arrecadem mais para crescerem mais”, afirmou.
Esta edição do evento tem como tema “Pacto federativo: um olhar para o futuro”, com demandas dos prefeitos pelo encaminhamento das reformas tributária, fiscal, administrativa e previdenciária. O vice-presidente representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se recupera de uma pneumonia.
Para Alckmin, a Marcha dos Prefeitos pode ser considerada também como a “Marcha do Povo”. “Quanto mais nós fortalecermos governo local, mais perto da população, ganha a sociedade. Dizem que o século XIX foi o século dos impérios. O século XX, o século dos países. O século XXI é o século das cidades. Elas vão ser as grandes protagonistas, pois é onde as coisas ocorrem,” ressaltou.
Ao defender a reforma tributária, o vice-presidente e ministro classificou o atual modelo tributário do país muito “caótico”, que precisa ser simplificado e ampliado com a cobrança sobre renda e patrimônio, e não apenas o consumo. De acordo com ele, a reforma tributária traria crescimento de 10% em 15 anos no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
As falas de Alckmin ocorreram depois do discurso do presidente Confederação Nacional de Municípios (CNM), Roberto Ziulkoski, que comemorou a presença de 4.200 municípios e mais de 3.000 prefeitos e vice-prefeitos no evento. Ziulkoski fez um resumo das demandas que os prefeitos irão apresentar aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário nas áreas de Educação, Segurança Pública, Infraestrutura, entre outros, e pediu ao governo diálogo e execução.
A Marcha também contou com a presença dos ministros Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República), Marina Silva (Meio Ambiente), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Nísia Trindade (Saúde), Daniela Carneiro (Turismo), Carlos Lupi (Previdência), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil), entre outros. Os governadores estiveram representados por Romeu Zema, de Minas Gerais.
Marcha em Defesa dos Municípios
Em maio de 1998, mais de dois mil prefeitos desembarcaram em Brasília para a primeira edição da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, com objetivo de promover a relação de diálogo entre os representantes dos Entes locais e da União.
A ideia de fazer um evento para apresentar as demandas dos Municípios surgiu apenas dois meses antes da primeira edição. Em março de 1998, alguns municipalistas, entre eles Paulo Roberto Ziulkoski, participaram do Congresso Estadual de Municípios de São Paulo em Praia Grande (SP). A caminho do aeroporto, em uma kombi, o presidente da CNM apresentou a proposta. Ele defendia que os debates precisavam se instalar na capital federal.
O então presidente de Franca (SP), Gilmar Dominici, apresentou a ideia de “marcha” e o tema foi aprovado no Congresso, com a data de maio. A partir de então, de uma sala improvisada em Brasília, Ziulkoski passou a articular a mobilização. A CNM conseguiu reservar o auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, sem custos.
Assista a íntegra da abertura da XXIV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.
Foto: Cadu Gomes/VPR