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Alckmin exalta parceria do Brasil com Suíça e agradece contribuição para Fundo Amazônia
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, agradeceu nesta quarta-feira (5/7) a contribuição anunciada pelo governo da Suíça para o Fundo Amazônia. A declaração foi dada durante o discurso de abertura do Fórum Brasil-Suíça de Investimentos e Inovação em Infraestrutura e Sustentabilidade, realizado no Itamaraty.
O anúncio do aporte financeiro foi feito durante o fórum pelo conselheiro federal da Confederação Suíça, Guy Parmelin. Sem especificar valores, o representante europeu afirmou que a primeira contribuição será feita nas próximas semanas.
“Quero agradecer a possibilidade de parceria no Fundo Amazônia, muito importante para a recuperação da nossa Floresta Amazônica”, afirmou o vice-presidente, depois de lembrar que os dois países têm relação histórica e uma “identidade cultural muito forte”.
Alckmin mencionou a opção do Brasil pelo desenvolvimento com sustentabilidade e ressaltou o compromisso do atual governo pela preservação da floresta, com “desmatamento ilegal zero”. “Já está em queda o desmatamento que ocorreu nos anos anteriores na região amazônica”, ressaltou o vice-presidente. No discurso, o titular do MDIC também destacou a atuação das Forças Armadas para a retirada de garimpeiros ilegais e de invasores de áreas preservadas.
Na linha da transição energética, Alckmin fez referência aos esforços do Brasil para a descarbonização da economia. Citou a chegada ao país de empresas fabricantes de veículos elétricos e híbridos, e a matriz energética mais limpa. “O Brasil tem quase metade de sua matriz energética renovável, e mais de 80% da matriz de eletricidade renovável”, acrescentou.
“Tem muitas oportunidades de investimentos, cresce muito a energia renovável, especialmente eólica e solar, fotovoltaica, hidrogênio verde”, disse o vice-presidente. “Nós temos inclusive o etanol, que é uma energia renovável, uma energia limpa, para termos o hidrogênio verde da água, pela hidrólise, ou também através do etanol”, destacou.
Sobre infraestrutura, o vice-presidente lembrou que o Brasil é o quinto país do mundo em extensão territorial. “Vai ser lançado agora, coordenado pelo ministro Rui Costa, um grande programa de investimentos, especialmente na área de infraestrutura, para melhorar a logística, integrar os modais ferroviário, hidroviário, rodoviário, aeroviário, aeroportos, portos e dutoviário”, disse Alckmin, referindo-se ao ministro da Casa Civil, também presente na abertura do fórum, coordenador do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), previsto para ser lançado neste mês de julho.
No discurso, o vice-presidente lembrou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o desenvolvimento inclusivo, necessário para tirar 30 milhões de brasileiros da situação de privação alimentar. Mencionou também a queda na inflação para um patamar inferior a 4%.
Alckmin ressaltou, no campo das parcerias, a forte presença financeira e bancária da Suíça, também com importante participação na indústria farmacêutica e química, das mais importantes do mundo.
Acordos comerciais
Alckmin citou ainda o papel desempenhado pelo Brasil nas negociações entre os blocos comerciais. “O presidente Lula assumiu ontem (4) a presidência do Mercosul, e nós temos todo interesse em ampliar a abertura comercial e a possibilidade de investimentos recíprocos com a União Europeia e com a EFTA”, afirmou o vice-presidente.
EFTA é a sigla da Associação Europeia de Comércio Livre, bloco econômico formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. “Com a União Europeia, já está mais adiantado, e estamos confiantes que chegaremos a bom termo, e com a EFTA, nós poderemos ter aí muita complementariedade econômica de investimentos que vão gerar emprego e renda”, disse Alckmin.
Na mesa de abertura do fórum estavam Alckmin, Parmelin, Rui Costa e a secretária-geral de Relações Exteriores, Maira Laura da Rocha. O ministro da Casa Civil reforçou a importância do PAC para a retomada do crescimento do país.
“Quero aqui reafirmar que o Brasil se abre novamente para o mundo, que o Brasil quer voltar a crescer, promover inclusão social, tendo como pilar central a sustentabilidade e o cuidado com o meio ambiente”, disse Costa. “É com este olhar que o presidente Lula lançará o novo plano de desenvolvimento do nosso país”, completou.