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Corrente de comércio apresenta valor recorde de US$ 43,56 bilhões para meses de janeiro
No mês de janeiro, o saldo comercial foi positivo em US$ 2,72 bilhões. As exportações, de US$ 23,14 bilhões, e as importações, de US$ 20,42 bilhões, também foram recordes para o período. Nas exportações, comparadas as médias do mês de janeiro de 2023 (US$ 1.052 milhões) com as de janeiro de 2022 (US$ 942 milhões), houve crescimento de 11,7%. As importações tiveram queda de -1,7% na comparação entre as médias de janeiro de 2023 (US$ 928 milhões) e janeiro de 2022 (US$ 945 milhões). A média diária da corrente de comércio totalizou US$ 1.980 milhões e o saldo, também por média diária, foi de US$ 123 milhões. Em relação à média de janeiro de 2022, ocorreu crescimento de 4,9% na corrente de comércio. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (1º/2) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Para a Secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, a expectativa até o momento é de que a exportação brasileira no ano de 2023 permaneça no mesmo nível de 2022. “A economia mundial menos aquecida deverá pressionar para baixo o preço dos bens comercializados. Entretanto, uma maior demanda da China, com o fim dos lockdowns, contribuirá para sustentar o nível das vendas externas. Além disso, os países da União Europeia deverão continuar a demandar mais produtos brasileiros, sobretudo combustíveis. Já para a importação, o que se viu no ano passado foi uma alta na despesa causada principalmente pelos maiores preços de combustíveis e insumos agrícolas. Em 2023, as cotações desses bens deverão estar menos aquecidas pela menor atividade econômica mundial, o que contribuirá para uma provável queda nas importações. Assim, é possível que observemos aumento no saldo comercial”, completou.
Exportações
Nas exportações, por setores, janeiro registrou – pela média diária e em comparação a janeiro de 2022 – crescimentos de US$ 7,29 milhões (4,6%) na Agropecuária, de US$ 45,11 milhões (22,3%) na Indústria Extrativa e de US$ 56,9 milhões (9,9%) na Indústria de Transformação.
O aumento das exportações teve como destaque o crescimento da comercialização de milho não moído, exceto milho doce (+163,0% com aumento de US$ 52 milhões na média diária), na Agropecuária; óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+ 45,6% com aumento de US$ 46,74 milhões na média diária), na Indústria Extrativa; e açúcares e melaços (+ 67,5% com aumento de US$ 16,71 milhões na média diária); na Indústria de Transformação.
Sobre os destinos dos produtos brasileiros, aumentaram as exportações, principalmente, para a Ásia, sobretudo a China (+11,2% com aumento de US$ 23,9 milhões na média diária); Europa (15,31%); América do Sul (5,58%), em especial Colômbia (70,6%, com aumento de US$ 8,6 milhões na média diária) e Argentina (6,7%, com aumento de US$ 3,0 milhões na média diária); e Estados Unidos (16,6%, com aumento de US$ 17,4 milhões na média diária).
Importações
Já as importações tiveram como destaque, nos setores – também na comparação com igual mês do ano anterior, pela média diária –, crescimento de US$ 5,44 milhões (31,1%) na Agropecuária, queda de US$ 42,13 milhões (-36,1%) na Indústria Extrativa e crescimento de US$ 32,01 milhões (4,0%) na Indústria de Transformação.
Esses resultados, cuja combinação levou a uma diminuição das importações, foram puxados, principalmente, pela diminuição nos seguintes produtos: na Indústria Extrativa, os gás natural, liquefeito ou não (-90,0%, com queda de US$ -56,31 milhões na média diária), o carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-34,5%, com queda de US$ -8,36 milhões na média diária) e minérios de níquel e seus concentrados (-55,7% com queda de US$ -0,02 milhões na média diária).
Cresceram as importações, principalmente, da Europa (22,36%), América do Sul (1,76%), Oriente Médio (5,36%) e África (117,02%). Na queda das importações, os destaques foram a Ásia (com destaque para a China, com 14,3% e queda de US$ 34,8 milhões na média diária) e os Estados Unidos (27,3%, com queda de US$ 53,0 milhões na média diária).