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PARCERIA COMERCIAL
Consultas públicas sobre acordos com Índia e Emirados Árabes vão até dia 18
Continuam abertas as consultas públicas sobre expansão do acordo comercial Mercosul-Índia e sobre a criação do acordo do bloco sul-americano com os Emirados Árabes Unidos. Interessados em contribuir podem fazê-lo até 18 de dezembro.
Acesse aqui os formulários para Índia e Emirados.
Tanto Índia quanto Emirados Árabes reiteraram o interesse em estreitar a parceria comercial com o Mercosul em reuniões recentes realizadas com representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Ambos têm potencial de ampliação de investimentos e diversificação do comércio.
Emirados Árabes
Os Emirados são considerados uma porta de entrada para o mercado dos países do Golfo. A consulta pública permitirá ao MDIC ter mais clareza em relação a interesses pró e contra do lado brasileiro, ajudando a mapear oportunidades e riscos em relação a esse mercado.
Em 2022, a corrente de comércio entre Brasil e Emirados alcançou US$ 5,7 bilhões, um salto de 75% em relação a 2021. As exportações alcançaram US$ 3,2 bilhões em 2022, e as importações US$ 2,5 bilhões. Carne de aves, açúcar e carne bovina estão entre os produtos brasileiros atualmente mais exportados para os Emirados Árabes.
Índia
O acordo firmado entre Mercosul e Índia em 2004 é considerado tímido diante do potencial de comércio entre as partes. Em 2022, a corrente comercial somou apenas US$ 23,2 bilhões, representando 2,7% das trocas do Mercosul com o mundo.
A possibilidade de expansão foi discutida no início de outubro, na 6ª Reunião do Mecanismo de Monitoramento do Comércio Bilateral entre os dois países, realizada no MDIC.
Em relação ao Brasil, os números mostram que também há muito a expandir. O fluxo bilateral foi de US$ 15,2 bilhões no ano passado. Embora recorde, a Índia representa apenas 2% de nossas exportações e 3,3% das importações
O Brasil identifica, ainda, a oportunidade de trabalhar para a remoção de barreiras. As exportações de carne de frango, por exemplo, enfrentam tarifas de 100% no mercado indiano. Para o milho, a tarifa média é de 50%. Café solúvel e cafés especiais enfrentam tarifas de 53%. Em função de barreiras técnicas, vem caindo o número de empresas brasileiras que exportam calçados para a Índia porque laboratórios brasileiros ainda não foram autorizados pelas autoridades indianas a emitir uma certificação exigida por eles nas importações.
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