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Centro de excelência vai disseminar uso de fertilizantes sustentáveis e mais adequados ao solo brasileiro
O Brasil deve ganhar nos próximos anos um centro de excelência para reduzir nossa dependência externa em fertilizantes químicos, aumentar a presença de bioinsumos na agricultura e disseminar o uso de compostos mais apropriados ao solo tropical, a partir de tecnologias desenvolvidas no país.
Resolução assinada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, deu o primeiro passo nesse sentido ao instituir um Grupo de Trabalho que tem a tarefa de desenhar o modelo de governança do Centro de Excelência em Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Cefenp). A resolução foi publicada nesta segunda-feira (7/8) no Diário Oficial da União.
O GT vai trabalhar no âmbito do Conselho Nacional de Fertilizantes (Confert), colegiado que foi reestruturado pelo atual governo e que tem como principal atribuição revisar, debater e implementar o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF). Um GT para cuidar dessa revisão foi instituído também nesta segunda, em outra resolução assinada por Alckmin e publicada no DOU.
A instalação do futuro Cefenp já conta com um aporte inicial de R$ 35 milhões disponibilizados pelo Rio de Janeiro, cuja origem é o fundo soberano estadual de óleo, gás e fertilizantes. Essa verba servirá para montar o centro.
A estrutura de funcionamento – equipamentos, pessoal, custos de manutenção, gestão e fontes financeiras – serão definidas pelo GT criado hoje, que tem 90 dias para entregar suas propostas ao ministro.
O GT será coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que faz parte do Confert e é uma das instituições de excelência na produção de conhecimento na área de fertilizantes, entre outras.
“O Brasil já desenvolve pesquisas e soluções tecnológicas para uso de bioinsumos e de fertilizantes químicos mais adequados à agricultura tropical. A missão do Cefenp será justamente fazer com que essas pesquisas virem inovação de fato, ou seja, que se transformem em produtos comercializáveis e acessíveis para o agricultor”, resume Carlos Teófilo Durans, diretor do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Insumos e Materiais Intermediários do MDIC.
Além de reduzir a dependência externa – que é a meta central da PNF – o estímulo ao uso de tecnologia brasileira vai incorporar a dimensão ambiental à produção nacional, estimulando a adoção de práticas sustentáveis e a utilização de novos materiais e insumos de origem biológica e agromineral.
O MDIC pretende concluir a revisão da Política Nacional de Fertilizantes até novembro.