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BALANÇA COMERCIAL
Vendas brasileiras crescem 7,5% em março e balança do trimestre tem superávit de US$ 16 bilhões
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou nesta segunda-feira (3/4) os dados acumulados da balança comercial dos três primeiros meses de 2023. De janeiro a março deste ano, em comparação com o primeiro trimestre do ano anterior, as exportações cresceram 3,4% e somaram US$ 76,43 bilhões e as importações caíram 1,9%, e totalizaram US$ 60,36 bilhões. Como consequência, a balança comercial apresentou superávit de US$ 16,1 bilhões, com crescimento de 29,8%, e a corrente de comércio registrou aumento de 1%, atingindo US$ 136,8 bilhões.
Em relação ao mês de março, as exportações tiveram crescimento maior do que o registrado no trimestre. Nesse comparativo com igual período do ano anterior, as exportações brasileiras cresceram 7,5% e somaram US$ 33,1 bilhões. No mês, as nossas importações caíram 3,1% e totalizaram US$ 22 bilhões. Assim, a balança comercial registrou superávit de US$ 10,96 bilhões, em março, com crescimento de 37,7%, e a corrente de comércio aumentou 3,0%, alcançando US$ 55,16 bilhões.
Confira os principais resultados da balança comercial de março .
Recordes do mês de março de 2023 :
Maior valor mensal exportado em toda série histórica (US$ 33,1 bilhões);
Maior valor mensal importado para meses de março (US$ 22,1 bilhões);
Maior superávit mensal (US$ 11,0 bi).
Maior corrente de comércio para meses de março (US$ 55,2 bilhões)
Recordes do primeiro trimestre 2023 :
Maior valor exportado para o período de toda a série histórica (US$ 76,4 bilhões)
Maior saldo (US$ 16,1 bilhões)
Maior corrente de comércio (US$ 136,8 bilhões)
Setores e Produtos
Em março de 2023, os principais setores registraram crescimento dos embarques brasileiros a outros países; houve aumentos de 6,3% em produtos da Agropecuária; de 20,6% em Indústria Extrativa e crescimento de 1,6% em Indústria de Transformação.
No acumulado de janeiro a março de 2023, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 2,4% em Agropecuária, que somou US$ 17,0 bilhões; crescimento de 0,1% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 17,4 bilhões e, por fim, crescimento de 5,1% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 41,6 bilhões.
O crescimento nas exportações foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: arroz com casca, paddy ou em bruto (100,1%), milho não moído, exceto milho doce (220,3%); e sementes oleaginosas de girassol, gergelim, canola, algodão e outras (709,7%) na agropecuária; Outros minerais em bruto (91,9%), Minérios de cobre e seus concentrados (12,3%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (2,2%) na Indústria Extrativa; Carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (26%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (19,7%) e celulose (35,6%) na Indústria de Transformação.
Por sua vez, os seguintes produtos tiveram diminuição nas exportações do primeiro trimestre: café não torrado (-29,1%), Soja (-2,5%) e algodão em bruto (-57,8%) na agropecuária; pedra, areia e cascalho (-38,7%), minério de ferro e seus concentrados (-7%).
Previsão
A secretaria de Comércio Exterior do MDIC divulgou, ainda, a previsão para o ano de 2023. Segundo Herlon Brandão, diretor do Departamento de Planejamento e Inteligência Comercial, apesar de, no primeiro trimestre, os preços estarem em alta, a tendência é que os volumes devem continuar a crescer e os preços contribuírem negativamente. Segundo Herlon, as commodities agrícolas estiveram com preços bastante aquecidos por conta da pandemia, atingindo patamares elevados. Agora deve haver uma acomodação. Para 2023 são esperadas exportações de US$ 325 bilhões (-2,8 % em relação a 2022), importações de US$ 241 bilhões (-11,8%) e crescimento do saldo em 36,8%, atingindo US$ 84 bilhões de reais (crescimento de 36,8% em relação a 2022).