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ACORDOS DE COOPERAÇÃO
Comércio, inovação e nova industrialização estão no centro dos acordos que MDIC assina nesta sexta (14) com a China
A nova industrialização do Brasil em bases sustentáveis, com inovação tecnológica e investimentos em setores estratégicos, está no centro dos documentos de cooperação que o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, assina nesta sexta-feira (14/4) com o governo chinês A cerimônia acontece em Pequim às 17h30 (6h30 no horário de Brasília).
As assinaturas fazem parte da programação da comitiva brasileira que chegou quarta-feira (12/4) à China, comandada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Integram a comitiva pelo MDIC, além de Márcio Rosa, a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.
São três os memorandos sob responsabilidade do MDIC – Cooperação Industrial; Economia Digital; e Facilitação do Comércio. A conversas em torno de cada área serão pautadas também questão ambiental, dada a importância do tema para os chineses e para o governo brasileiro.
Entre os assuntos de interesse ambiental está a atração de investimentos em energia renovável, infraestrutura verde, manejo sustentável de florestas, tecnologia e inovação.
Para o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, a China, além de ser um importante parceiro comercial, pode ajudar o Brasil a ocupar um lugar de destaque na indústria 4.0.
“Há uma sinergia entre o projeto chinês Made In China 2025 e o pensamento do MDIC, recriado pelo presidente Lula. As duas nações querem desenvolver produtos inovadores e modernizar sua produção industrial. A troca de conhecimentos entre os países é muito importante neste momento”, afirmou Alckmin. De acordo com ele, há também uma convergência no futuro entre os destinos dos dois países. “E ele passa pela política industrial, pela neoindustrialização, pela busca de novas tecnologias, preservação do meio ambiente e diminuição dos entraves comerciais no mundo da economia digital.”
Cooperação Industrial e Economia Digital
Os memorandos sobre Cooperação Industrial e Economia Digital marcam o início do diálogo, nas esferas governamental e empresarial, em áreas de interesse comum.
O de cooperação industrial tem como ator principal o setor privado e prevê tratativas para investimentos e trocas tecnológicas nos setores de mineração, energia, infraestrutura e logística (estradas, ferrovias, portos, gasodutos), indústria de transformação (carros, máquinas, construção, eletrodomésticos), alta tecnologia (medicamentos, equipamentos médicos, TI, biotecnologia, nanotecnologia, setor aeroespacial etc.) e agroindústria.
Na economia digital, as conversas devem evoluir para a construção de uma infraestrutura econômica capaz de integrar tecnologias interativas inteligentes a atividades como manufatura avançada, circulação de mercadorias, transportes, negócios, finanças, educação e saúde – envolvendo ainda redes de banda larga, navegação por satélite, centros de processamentos de dados, computação em nuvem, inteligência artificial, tecnologia 5G e cidades inteligentes. O memorando aborda também questões relativas a novos modelos de negócio, regulação, pesquisa, treinamento e capacitação.
Facilitação e promoção comercial
O terceiro memorando traz diretrizes no âmbito do Grupo de Trabalho de Facilitação do Comércio, que prevê conversações para eliminação de barreiras e adoção de boas práticas comerciais e regulatórias em temas de interesse bilateral.
O documento fala ainda em estabelecer canais de comunicação eficientes, apoiar a participação em feiras e agilizar a circulação, a liberação e o despacho aduaneiro.
Mais cedo, às 8h30 do mesmo dia, Márcio Rosa e Tatiana Prazeres têm audiência com o vice-Ministro do Comércio da China, Wang Shouwen.