Grupo dos 20 - G20
Origem
O Grupo dos Vinte (G20), que representa aproximadamente 80% (oitenta por cento) do PIB mundial, 75% do comércio global e 60% (sessenta por cento) da população do planeta, foi criado, em 1999, em resposta às crises financeiras no México (1994), na Ásia (1997) e na Rússia (1998). O G20 foi concebido, inicialmente, como um fórum de diálogo informal entre ministros de finanças e presidentes de bancos centrais, com o objetivo de reunir as maiores economias avançadas e emergentes para discutir estratégias de estabilização do mercado financeiro global. Após a crise financeira global de 2008, os países do G20 decidiram elevar o nível de participação das autoridades para Chefes de Estado e de Governo. Desde então, a agenda do G20 foi ampliada para além da esfera econômico-financeira, passando a incluir temas referentes ao desenvolvimento econômico e social sustentável.
Membros e Colaboradores
São membros permanentes do G20: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, EUA, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e o bloco da União Europeia. Cada presidência do G20 também pode convidar outros países e instituições para participar dos trabalhos. O trabalho do G20 conta com o apoio de diversos organismos internacionais, por exemplo, o Conselho de Estabilidade Financeira - FSB, o Fundo Monetário Internacional - FMI, Banco Mundial, a Organização das Nações Unidas - ONU, e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico - OCDE. O G20 também consulta grupos de engajamento não governamentais, que dão suporte às formulações de políticas pelos líderes, como o de negócios (Business20), de sociedade civil (Civil20), de trabalho (Labour20), de think tanks (Think20), de academias de ciências (Science20), de questões de gênero (Women20), de cidades (Urban20) e de juventude (Youth20).
Funcionamento
O G20 não é uma organização internacional, motivo pelo qual não possui secretariado permanente nem recursos próprios. A presidência do Grupo é anual e rotativa entre os membros. Além de uma Cúpula de Líderes (Chefes de Estado e de Governo) anual, o G20 promove, ao longo do ano, diversas reuniões de Ministros de Finanças e de Presidentes dos Bancos Centrais – FMCBG, de suplentes (Deputies) dos FMCBG, de Sherpas, de grupos de trabalho, além de outros eventos especiais.
Os trabalhos do G20 são divididos em duas trilhas (tracks): uma de finanças e uma de Sherpas. A Trilha de Finanças é coordenada pelo Ministério da Economia, com participação do Banco Central, e envolve debates sobre a economia global, o sistema financeiro internacional, infraestrutura, tributação da economia digital, inclusão financeira e finanças sustentáveis. A Trilha de Sherpas é coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores e inclui debates sobre comércio internacional e investimentos, agricultura, economia digital, energia, mudança do clima, meio-ambiente, emprego, saúde, educação, desenvolvimento sustentável e combate à corrupção.
Papel da SAIN
A Secretaria de Assuntos Econômicos Internacionais – SAIN é responsável por acompanhar e participar das discussões políticas e técnicas no âmbito do G20, bem como por preparar os posicionamentos ministeriais sobre questões econômico-financeiras, apoiando a participação do Secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, do Ministro da Economia e do Presidente da República nessas reuniões. Na Trilha de Finanças, a SAIN participa do Grupo de Trabalho de Estrutura Econômica (FWG), do Grupo de Trabalho de Arquitetura Financeira Internacional (IFA WG) e do Grupo de Trabalho de Infraestrutura (IWG), que é copresidido pelo Brasil e pela Austrália. As atividades do G20 são bastante intensas e variadas, quadro que demanda a produção frequente de análises técnicas e o monitoramento periódico dos riscos e vulnerabilidades da economia global.