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Secretário defende responsabilização de violadores de direitos humanos em cerimônia de memória aos 52 anos do golpe civil-militar
O secretário especial de Direitos Humanos, Rogério Sottili, participou nesta sexta-feira (1º) de uma cerimônia em memória aos 52 anos do golpe civil-militar, em Brasília. No ato, em que foram relembradas as consequências da ruptura democrática para o país e homenageados os responsáveis pelos avanços na luta pela memória, verdade e justiça, o secretário defendeu que o Brasil ainda precisa avançar na responsabilização das pessoas que praticaram violações de direitos humanos durante o regime militar. Destacou ainda a necessidade de revisão da Lei da Anistia.
“Tenho a convicção de que este legado autoritário que se reflete até hoje no imaginário de um setor da população, dos formadores de opinião que circulam na grande mídia, de certos políticos, na ação das polícias nas periferias e na atuação seletiva de diversos órgãos de justiça, só esta aí porque ainda não avançamos na devida responsabilização e punição daqueles agentes civis e de Estado, responsáveis por perpetrar tantos crimes de lesa humanidade, tantas violações de direitos humanos durante o regime militar”, afirmou.
Rogério Sottili também falou da atuação do governo federal para promover o resgate histórico das lutas de resistência e localização dos restos mortais de desaparecidos políticos. O secretário citou ainda a Comissão Nacional da Verdade, os trabalhos para identificação dos restos mortais exumados da Vala Clandestina do Cemitério de Perus e as buscas pelos militantes desaparecidos na Guerrilha do Araguaia, movimento que surgiu na década de 1970 em oposição ao regime militar.
“A história da ditadura é recontada por meio de processos sociais de luta e resistência, de averiguação e escavação das memórias, de investigações de valas clandestinas e buscas por restos mortais como em Perus e no Araguaia – tarefas cumpridas com dificuldades, mas que tem a atenção por parte do governo que o tema merece”, concluiu.
O evento foi uma realização da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, em parceria com a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos da Secretaria Especial de Direitos Humanos. Também participaram da solenidade o ministro da Justiça, Eugênio Aragão; o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão; o presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Roberto Caldas; a presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugênia Augusta; e o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta. Estiveram presentes ainda ex-perseguidos políticos, familiares e movimentos sociais.
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