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Conferência de Direitos Humanos reafirma compromisso com a defesa da população negra
Representantes de diversos seguimentos na luta pela defesa e igualdade racial participaram da 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, realizada em Brasília no último mês de abril, para a formulação de diretrizes para leis que trabalhe na inclusão e proteção da população negra.
Segundo a presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), Ivana Farina, garantir o processo democrático de discussão é imprescindível para a luta por igualdade racial no Brasil.
“Garantir à população negra condições igualitárias e segurança é somente um passo para o fortalecimento da democracia e dos direitos humanos. O comparecimento de representantes da militância afro no evento só mostra que a sociedade está posicionada para cobrar seus direitos”, afirmou a presidente do Conselho Ivana Farina.
Para o ativista de direitos humanos, Jorge Amaro Borges, é preciso levar a questão racial às escolas para uma mudança na cultura de racismo no país. “A questão do racismo está na raiz da nossa sociedade. Precisamos desmistificar essa cultura na base da educação da criança”, explicou.
Hoje, um dos maiores desafios da mulher negra e lésbica, para a líder do movimento negro lésbico, Negra Chris, é a violência. "O número de mortes cresce mais a cada dia. Não somente porque a mulher é negra, mas também porque é lésbica. A juventude negra está lutando pesado para que essa realidade mude".
Dados
Segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas em março deste ano, das 16,2 milhões de pessoas vivendo em extrema pobreza no Brasil, 70,8% são negros, os salários médios dos trabalhadores negros são 2,4 vezes mais baixos que o dos brancos, e 80% dos analfabetos brasileiros são negros. Além disso, o país é um dos mais violentos com esta população.
A 12ª Conferência Nacional encerrou com a aprovação de mais de 430 propostas que aborda, além de questões raciais, de igualdade de gênero, combate a violência contra a população LGBT, proteção de crianças e adolescentes, da pessoa com deficiência, questões voltadas a seguridade e saúde da pessoa idosa e da população indígena, ciganos, questões religiosas e outras. O documento final será apresentado nos próximos dias. O evento oportunizou a troca de experiências entre membros da sociedade civil organizada em ações desenvolvidas no Brasil e na necessidade de cada Estado.
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