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Participantes da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência conhecem nova tecnologia de acessibilidade
As novas tecnologias para a inclusão de pessoas com deficiências são apresentadas quase que diariamente e alteradas conforme as necessidades de cada indivíduo. Para os cadeirantes, um dos maiores problemas enfrentados no dia-a-dia é a falta de autonomia na locomoção urbana, sentidas na falta de rampas, elevadores adaptados e portas que possam atender a demanda dessas pessoas, além da dificuldade de acesso aos ônibus de transporte municipal e estadual.
Pensando na dificuldade de acesso ao transporte de forma adequada, a Elevittá Elevadores LTDA, situada em Aratiba (RS), apresentou nesta terça-feira (26) aos participantes da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência o Elevador de Embarque Fácil, um marco tecnológico único em sua categoria. Representada pelo engenheiro mecânico Daylton Espig, a empresa trabalha desde 2013 para proporcionar mais acessibilidade à pessoa com deficiência.
O delegado José Cruz, ativista pelos direitos da pessoa com deficiência pela Bahia e um dos criadores do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência no Estado, falou dos pontos positivos e apontou melhorias ao equipamento. Para ele, cada avanço é uma vitória. “O que nós precisamos é ter total autonomia. Mesmo com alguns pontos a serem observados, estou muito impressionado com o elevador”, afirmou.
Cleidison Cruz também foi um dos participantes que comprovaram a tecnologia. Para ele, o importante é continuar evoluindo. “Antes, não tínhamos nenhuma facilidade de embarcar em qualquer tipo de ônibus. As coisas estão mudando, e presenciar e poder opinar nesses avanços é muito gratificante”, afirmou.
Segundo o engenheiro da Elevittá, a intenção é prover acessibilidade, conforto e segurança à pessoa com deficiência. “Nós já estamos em alguns estados brasileiros e queremos continuar trabalhando para aprimorar e atender de forma eficaz a qualquer pessoa com deficiência”. A tecnologia do Elevador de Fácil embarque já foi expandida para países como Costa Rica, Panamá e China.
Participação social, saúde e qualidade de vida foram alguns dos principais temas abordados na tarde desta segunda-feira (25), durante a 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. Os debates marcaram o início dos trabalhos dos eixos temáticos, que tem como objetivo debater as políticas públicas existentes e propor mudanças, a fim de garantir o protagonismo e o empoderamento da pessoa idosa, para que seja reconhecida como sujeito de direitos.
O debate começou com a palestra da secretária Nacional de Assistência Social, Ieda Nobre de Castro, que tratou dos programas, projetos, ações e serviços previstos para o eixo temático sobre gestão. Segundo ela, o modelo de gestão tem que ser democrático. "A população idosa deve ser ouvida em suas necessidades. As provisões do Estado devem vir em forma de serviço e benefícios. Mesmo que a pessoa idosa não precise, o serviço deve estar disponível, de forma continuada. Um bom exemplo de benefício é a garantia de uma renda mínima significante", afirmou. A secretária também tratou do papel da assistência social no sistema de proteção aos idosos. "Os idosos abandonados, mau tratados, em situação de isolamento, excluídos devem ter uma assistência social, de forma que se interfira e crie uma dinâmica de respeito e segurança para a pessoa idosa e para a sociedade".
A coordenadora da ONG Agenda Brasil 21 - Capítulo Brasília, Ester Bergui Albuquerque, apresentou dados sobre o financiamento de políticas públicas da pessoa idosa, e sobre a complexidade do sistema tributário nacional. "É um sistema injusto, regressivo, que incide mais sobre a renda dos mais pobres, principalmente dos idosos. Há uma iniquidade em como o recurso é arrecadado. O Estado tem um papel garantidor dos direitos em todas as suas dimensões. Deve ser um indutor de desenvolvimento para fortalecer a economia e reduzir as desigualdades sociais. As políticas transversais, como é a do idoso, têm que incidir sobre previdência, saúde, educação, segurança pública, organização agrária, cultura, desporto, lazer, infraestrutura, trabalho e renda", disse.
Inovação
O assessor especial da Casa Civil, Renato Simões, destacou que sem inovação não há avanços. "A participação social é um legado fundamental para a construção da democracia. Sem essa dedicação, sem esse entusiasmo, não teríamos muitas das conquistas aqui apresentadas. A democracia participativa é a que está menos regulamentada na lei e menos valorizada pelos governos. Agora, nessa conferência, estamos fazendo participação social de forma institucionalizada. Temos como lema a construção de novos direitos e a consolidação daqueles já conquistados. Estamos fazendo uma inovação metodológica na participação social", destacou.
Também participaram do evento o procurador federal do Cidadão, Aurélio Virgílio Veigas Rios, e a representante do Conselho Nacional e procuradora do Estado de São Paulo, Cláudia Berê. São quatro os eixos temáticos: Eixo I – Gestão, que trata de programas, projetos, ações e serviços; Eixo II – Financiamento, que trata de fundos da pessoa idosa e orçamento público; Eixo III – Participação, que trata da política e controle social; e o Eixo IV – Sistema Nacional de Direitos Humanos.
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