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Ministro destaca importância da reparação simbólica às vitimas da ditadura, em evento em São Paulo
No lançamento do projeto Ruas de Memória, nesta quinta-feira (13) em São Paulo, o ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Pepe Vargas destacou a importância da reparação “simbólica” das vítimas do período da ditadura civil-militar.
O objetivo do projeto, desenvolvido pela Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo, é promover a alteração dos nomes de ruas, pontes, viadutos, praças e demais logradouros públicos que homenageiam pessoas vinculadas à repressão do regime militar.
"Nós estamos fazendo mais do que uma reparação simbólica das vítimas da ditadura. Estamos fazendo uma dupla reparação, porque a proposta enseja também a concepção democrática, não só pelo trâmite das propostas do Legislativo municipal, mas porque envolve as comunidades na discussão da definição das novas denominações que devem ser feitas", afirmou Pepe Vargas.
A iniciativa da ação segue a linha de recomendações do Programa Nacional de Direito Humanos - PNDH-3 e a recomendação 29 do Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade, publicado em 2014.
Conforme levantamento realizado pela Coordenação de Direito à Memória e à Verdade (DMV) da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), existem na cidade de São Paulo 38 logradouros associados à ditadura, dos quais 22 homenageiam ditadores, torturadores ou chefes dos serviços de segurança que serviram à repressão. Por meio do “Ruas de Memória”, moradores de vias que carregam esses nomes poderão se mobilizar pela alteração, com apoio da SMDHC. Os novos nomes serão definidos com a participação de membros da comunidade local, fomentando o diálogo sobre a violência de Estado e os impactos do legado autoritário nos dias atuais.
No relatório final da Comissão Nacional da Verdade, que investigou os crimes cometidos pelo Estado brasileiro durante o regime militar (1964-1985), foram apontadas 434 mortes e desaparecimentos de vítimas diretas da repressão. Entre essas pessoas, 210 são desaparecidas e suas famílias sequer puderam sepultá-las.
Com informações da Prefeitura de São Paulo
Assessoria de Comunicação Social