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FMDH: Brasil e Marrocos trocam experiências em Direitos Humanos
No encontro, a ministra – que chefia a comitiva brasileira ao Segundo Fórum Mundial de Direitos Humanos, realizado no país africano – e o delegado identificaram pontos comuns nas posições do Marrocos e do Brasil para reformar e aperfeiçoar o sistema de direitos humanos das Nações Unidas, debatendo ainda alternativas de organização para o próximo Fórum Mundial, que deverá ser na Argentina.
Acompanhada pelo embaixador brasileiro Frederico Duque Estrada Meyer, a ministra propôs uma maior colaboração entre os dois países na promoção dos direitos humanos. “O próprio protagonismo do Brasil e do Marrocos torna a colaboração entre os dois países na promoção de direitos não apenas uma honra e uma obrigação”, disse, lembrando da importância do princípio da progressividade em direitos humanos: “Nenhum país pode dizer que realizou esses direitos plenamente, mas é exatamente por isso que é tão importante que todos reconheçam limitações e preservem a memória institucional de sua atuação na área.”
Encarregado de promover o diálogo da sociedade civil, coordenar as políticas públicas de direitos humanos e fazer interlocução com o sistema internacional de direito humanos, Mahjoub El Haiba elogiou a organização da política para o setor no Brasil. “Há muito que o Brasil e o Marrocos podem aprender um com o outro”, disse o delegado, propondo que o Fórum Mundial passe a ser realizado a cada dois anos, de forma alternada com fóruns regionais de menor porte, proposta apoiada pela ministra.
Idealizado pela em parceria com outros órgãos governamentais e da sociedade civil, o tem como objetivo promover o intercâmbio de experiências nacionais para implementar políticas de Estado para promoção dos direitos humanos. O evento teve sua primeira edição em dezembro de 2013, em Brasília. A Argentina deverá ser anfitriã da terceira edição do Fórum.
A primeira edição do no Brasil contou com delegações de 70 países. A comitiva de Marrocos foi uma das maiores, com 40 integrantes.
Assim como ocorreu no Brasil, o Marrocos foi um espaço de debate público sobre direitos humanos no mundo, em que serão tratados seus principais avanços e desafios, com foco no respeito a diferenças, na participação social, na redução das desigualdades e no enfrentamento a todas as violações de direitos humanos. Nesta edição, o contou com mais de 7 mil participantes de 96 países, que participaram de 30 conferências temáticas, 10 atividades especiais e outras 50 ações variadas. Os eixos centrais do evento foram: Justiça; Economia, Sociedade e Cultura; Saúde; Necessidades Especiais; Mulheres; Educação e Juventude; Migração; Meio Ambiente; e Comunicação.
Além da comitiva do governo brasileiro, numerosos grupos da sociedade civil estiveram presentes no evento, que recebeu mais de 100 brasileiros.