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Polícia Civil de Curitiba identifica autor de ameaças contra lideranças LGBT do Paraná
O ouvidor Nacional dos Direitos Humanos, Bruno Renato, a secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Patrícia Barcelos, e a Coordenara Geral da Ouvidoria, Irina Bacci, receberam nesta quarta-feira (25), em Brasília, o militante LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), Toni Reis. Durante o encontro, Toni Reis agradeceu à Secretaria de Direitos Humanos pelos encaminhamentos relacionados ao às ameaças de morte contra lideranças LGBT que militam no Paraná, sobretudo na capital Curitiba.
O caso, que foi denunciado pela Ouvidoria e pelo Disque Direitos Humanos em setembro de 2012, finalmente foi desvendado pelo Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil de Curitiba. Além das promessas de agressões físicas, o criminoso criava perfis falsos nas redes sociais com o nome destas lideranças com o objetivo de ofender pessoas públicas, meios de comunicação e principalmente políticos e gestores públicos. Toni Reis figura entre as lideranças ameaças e chegou a ser incluído no programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos da SDH/PR, assim como outras lideranças.
“Ninguém deve se calar quando for alvo de algum tipo de ameaça, preconceito ou discriminação por ser gay, negro ou mulher. As pessoas não podem sofrer sozinhas, mas sim denunciar imediatamente para que providências sejam tomadas”, declarou Toni Reis. O ativista LGBT explicou que após realizar denúncia na SDH, recebeu todo amparo do Estado, que incluiu ações da Polícia Federal, Polícia Civil, Ministério Público, Ministério da Justiça e a Ordem dos Advogados do Brasil.
“O trabalho articulado entre entes da União foi decisivo para chegarmos a este resultado. Até câmeras de vigilância foram instaladas em minha residência para monitorar eventuais ataques”, afirmou Toni Reis, que recebeu ainda atendimento psicológico durante todo o período.
Entenda o Caso – Em setembro de 2012 as lideranças LGBT começaram a receber as ameaças. Após as ações adotadas pela SDH/ por meio de suas coordenações, iniciou-se uma ampla investigação que culminou com a identificação do acusado na última semana. A investigação durou cerca um ano e meio e a identificação ocorreu com quebra do sigilo dos dados eletrônicos do criminoso. Ele está sendo investigado e será indiciado pelos crimes de injúria, difamação, calúnia, ameaça de morte e falsidade ideológica. Em seu terceiro depoimento à polícia, o autor das mensagens confessou parte dos crimes e uma audiência judicial foi marcada para o mês de novembro de 2014.
Assessoria de Comunicação Social