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Equipe da Agenda de Convergência de Fortaleza faz balanço da primeira semana da Copa
A proteção integral de crianças e adolescentes e da população em situação de rua está em foco na Copa do Mundo no Brasil. Para esclarecer e mostrar o balanço dos dados quantitativos do atendimento da rede na primeira semana do mundial representantes do governo, prefeitura e entidades parceiras realizaram coletiva de imprensa na última quarta-feira (18/06), no Centro Aberto de Mídia.
Em Fortaleza trabalham de forma integrada 41 entidades para garantir a proteção de crianças e adolescentes e da população em situação de rua no contexto de grandes eventos. Ana Paula Araújo de Holanda, Coordenadora da Agenda de Convergência e da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas dos Direitos Humanos do Gabinete do Governador do Estado do Ceará, destaca que a importância desse trabalho está não só em diligenciar as demandas na rede de retaguarda como deixar um legado positivo e ressalta que o trabalho da Agenda de Convergência não irá parar com o fim da Copa do Mundo. “Vamos continuar trabalhando no contexto dos megaeventos para a proteção integral das crianças e dos adolescentes e da população em situação de rua. Em eventos menores também continuaremos trabalhando, com o contingente necessário para que as demandas possam ser solucionadas,” concluiu.
Tânia Gurgel, também coordenadora da Agenda de Convergência e presidente da Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci) apresentou os números de atendimentos a crianças e adolescentes feitos pela Agenda de Convergências até a noite da última segunda-feira (16/6): 42 de trabalho infantil, nove de abandono ou negligência, 15 em situação de rua, cinco crianças desacompanhadas, quatro suspeitas de violências sexual, um uso de álcool e drogas e três de violência aberta - exercida por agressão física ou com uso de armas - totalizando 79 encaminhamentos.
A promotora e representante do Ministério Público Antônia Lima deixou claro que o trabalho é realmente feito em parceria, buscando a proteção integral das crianças e adolescentes e da população em situação de rua. “Não há ninguém mais importante; o educador social e o titular das secretarias, por exemplo, são elementos importantes para esse sistema de garantia de direitos”.
Nesta semana o trabalho da Agenda de Convergência foi envolvido na mídia em Fortaleza como um tipo de higienização social, mas o Coordenador do Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos das Pessoas em Situação de Rua, Nailson Neo, fez questão de desmentir esse fato “Aqui em Fortaleza não está havendo nenhum tipo de higienização social por parte de nenhum órgão do poder público em relação as pessoas em situação de rua e isso é muito louvável, ao contrário, além da agenda de convergência existem espaços de acolhimento institucional entre outros para garantir os direitos da população em situação de rua” e ressaltou ainda a importância da população em situação de rua está fazendo parte da rede de proteção da Agenda de Convergência.
Assessoria de Comunicação da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas dos Direitos Humanos do Estado do Ceará