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NOTA PÚBLICA sobre condenação de mandante do assassinato de Dorothy Stang
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) vem a público ressaltar que depois de um longo processo, no qual foram responsabilizados os executores, o intermediário e um dos mandantes, completamos nesta quinta-feira (19) um ciclo no qual se faz justiça com a condenação do último mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang, em 2005.
Apesar da morosidade e dos reveses sofridos pelo processo, a condenação reforça o compromisso de um país que não pode mais admitir o cerceamento da atuação dos defensores de Direitos Humanos. Dorothy Stang faz muita falta à Nação que adotou como sua, à qual dedicou quase 40 anos de sua vida. Seu exemplo e sua tenacidade na luta pela floresta, pela sustentabilidade e por um Brasil mais justo continuam a nos inspirar.
A SDH/PR acompanhou o caso desde o início, colaborando com as investigações da Polícia Federal e da Polícia Civil do Pará, chegando a permanecer seis meses na região para contribuir na elucidação do bárbaro crime. Atualmente, em parceria com os Estados, mantemos o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH), que oferece segurança para aproximadamente 300 militantes em todo o país.
Seguiremos acompanhando os julgamentos que envolvam defensores dos Direitos Humanos e a atuação de grupos de extermínio, pedindo a responsabilização dos envolvidos em outros casos como as chacinas de Unaí e Felisburgo, ambas em Minas Gerais, para que tenhamos soluções adequadas e se faça Justiça, afirmando um Brasil no qual a impunidade não seja tolerada.
Maria do Rosário Nunes
Ministra-Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
Presidenta do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH)