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População em situação de rua é inspiração para o país superar desigualdades, diz Ministra
Ao participar da solenidade de adesão do município de São Paulo à Política Nacional para a População em Situação de Rua, a Ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), afirmou que a população em situação de rua é a principal inspiração do governo da presidenta Dilma Rousseff para acabar com pobreza extrema no Brasil. As declarações foram feitas nesta terça-feira (29), na unidade Senai "Roberto Simonsen", no Brás, capital paulista.
Para uma plateia repleta de pessoas em situação de rua, lideranças comunitárias, estudantes e autoridades, Rosário afirmou que o governo trabalha para assegurar dignidade para o segmento e promover o seu bem estar social, bem como a sua inserção no mercado de trabalho. “Hoje, São Paulo está nos mostrando que a melhor forma de superar o preconceito é assegurarmos que nós estamos construindo oportunidade. Nós estamos contribuindo para o sonho de termos uma nação desenvolvida, onde repartimos a renda e asseguramos o direito a todos, como uma responsabilidade efetiva dos governantes em todas as esferas”, afirmou Rosário.
Ao assinar a adesão à política, o prefeito Fernando Haddad lembrou que mesmo antes de ser prefeito sempre dialogou com os movimentos sociais da capital paulista, que constantemente reivindicavam políticas efetivas para o atendimento a essa população, que vinha sofrendo com uma crescente onda de violência e segregação. “São Paulo sempre encontra um jeito de acolher as pessoas do mundo todo. Nós temos que fazer dessa característica da nossa cidade uma força de políticas públicas no combate da intolerância na busca de igualdade de oportunidade. Temos que ter políticas que combatam a desigualdade e celebre a diversidade, pois o fato de sermos diferentes uns dos outros também faz parte da explicação da força de São Paulo”, disse.
além de representantes do Movimento Nacional da População de Rua.
“Hoje nós iremos mostrar para o Brasil e para o mundo o que está acontecendo na cidade de São Paulo. Que são Paulo está mudando e que irá mudar de fato. A população de rua não é mais invisível e não é mais mendigo. A população de rua é cidadã de direito”, destacou o coordenador do Movimento Nacional da População de Rua, Anderson Lopes Miranda.
Qualificação – Durante a solenidade, foi firmada com o SENAI/SP uma parceira que prevê a criação do Programa de Qualificação Profissional da População em Situação de Rua, via Pronatec. A meta é garantir em um ano a profissionalização e empregabilidade para duas mil pessoas em situação de rua, que serão dividas em dez turmas.
Serão ainda oferecidos cursos profissionalizantes, com duração de 160 horas, nas seguintes carreiras: almoxarife, auxiliar administrativo, confeccionador de bolsas em couro e material sintético, confeccionador de bolsas em tecido, mecânico de bicicleta, mecânico de motores a diesel, padeiro; pedreiro de alvenaria estrutural, eletricista instalador predial de baixa tensão, encanador instalador predial, pintor de imóveis, vidraceiro, e aplicador de revestimento cerâmico.
A inscrição é feita pela rede de atendimento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistencial Social, que seleciona as pessoas em situação de rua que têm interesse e condições de freqüentar jornada de até 4 horas seguidas de aulas diárias. Ao final do primeiro mês de curso, o aluno recebe um auxilio bolsa-presença de R$ 2,00 hora/aula, condicionadas à sua freqüência. Além disso, os estudantes recebem uma refeição em cada aula e, caso necessário, auxílio-transporte.
Para aderir à Política, o município paulista inaugurou, no dia 23 de março, no Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, um Comitê PopRua. Também participaram do ato o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, o ministro geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e a secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Luciana Temer,
Assessoria de Comunicação Social com informações da prefeitura de São Paulo