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Maria do Rosário defende desenvolvimento mútuo e proteção aos direitos da infância na tríplice fronteira brasileira
A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), defendeu nesta terça-feira (28), em Foz do Iguaçu/PR, o desenvolvimento social e econômico mútuo na tríplice fronteira do País (Brasil, Paraguai e Argentina). A ministra participou da abertura da I Conferência Internacional pelo Direito à Convivência Familiar e Comunitária, que reuniu autoridades, educadores e entidades ligadas à temática da criança e do adolescente dos três países.
Em sua fala, Rosário lembrou que regiões de fronteira exigem um olhar especial das autoridades, em função do constante fluxo de crianças e adolescentes, de diferentes nacionalidades, nas cidades fronteiriças. “Nenhum lugar do Brasil é igual a este (Foz do Iguaçu). Aqui temos uma mistura de cultura, de valores, de idiomas e de costumes. Isto nos implica em desafios comuns. Dos três lados da fronteira, todos possuem seus desafios e objetivos, mas todos devem trabalhar juntos para proteger os direitos das nossas crianças e adolescentes”, afirmou Rosário.
De acordo com a ministra, diferente de outros países, que vivem em conflitos constantes com seus vizinhos, na tríplice fronteira há uma cultura de paz que deve servir de exemplo para o mundo. “Em muitos lugares, fronteira é sinônimo de conflitos, de disputas, aqui é diferente, e por isso podemos fazer diferente”, ressaltou. Uma de suas principais preocupações, informou a ministra, é com a exploração sexual de crianças e adolescentes.
Rosário lembrou que já esteve na região, há dez anos atrás, quando integrava a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. “Desde então, o Brasil tomou um série de medidas para acabar com esta tremenda violação aos direitos humanos das nossas meninas e meninos, mas ainda há muito o que fazer”, disse.
Organizada pela ONG Aldeias Infantis SOS Brasil, a conferência tem como objetivo sensibilizar as autoridades Brasileiras, Paraguaias e Argentinas e representantes de diferentes segmentos para necessidade de garantir e assegurar a convivência familiar e comunitária e dos direitos de crianças, adolescentes e jovens dos países da região da tríplice fronteira.
Durante o Seminário, representantes da ONG Aldeias Infantis SOS, dos três países, apresentaram dados e estatísticas que mostram os principais problemas que devem ser enfrentados pelos governos, no que tange à garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Entre os três país, o Paraguai apresenta os piores indicadores nas principais violações aos direitos do segmento: violência sexual, física e psicológica; trabalho infantil, mortalidade infantil, pobreza extrema e dificuldade no acesso à saúde e educação.
Assessoria de Comunicação Social