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Encontro discute "Luta Antimanicomial" na Secretaria de Direitos Humanos
Foi realizado nesta segunda-feira, (20) na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), em Brasília, encontro alusivo ao dia da “Luta Antimanicomial”. O evento foi idealizado pela recém-criada Coordenadoria de Direitos Humanos e Saúde Mental da SDH/PR e nele estiveram presentes diferentes áreas da secretaria para a discussão da interlocução do tema da saúde mental entre os espaços.
O encontro aconteceu de forma descontraída e lúdica, com poesia, música e debates sobre filmes que tratam o tema da saúde mental, em referencia ao dia 18 de maio, o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, que teve como tema: "Se não nos deixam sonhar, não os deixaremos dormir”.
A luta Antimanicomial diz respeito às praticas de encarceramento dos indivíduos em hospitais, clínicas e centros psiquiátricos, mas é também uma prática social, para o coordenador de Direitos Humanos e Saúde Mental da SDH/PR, Alex Reinecke de Alverga, “o manicômio é uma prática social que permeia relações do desejo de excluir, encarcerar e tratar os diferentes como inferiores”, afirmou.
Alex acrescentou dizendo que os manicômios nasceram antes da existência da própria psiquiatria. “O manicômio nasce com a função social de isolar para tratar”. Ele acrescentou dizendo que o hospital psiquiátrico traz um estigma social tanto para os que estão dentro dos manicômios e encarcerados, tanto para a sociedade que está fora delimitando padrões sociais que os indivíduos devem ter para não serem considerados loucos e então encancerados, explicou.
Durante a reunião foi enfatizada a importância da atuação conjunta e de forma transversal das áreas da Secretaria de Direitos na temática da saúde mental, uma vez que o tema dialoga com outros segmentos da sociedade, tais como: idosos, crianças e adolescentes, população em situação de rua, comunidade LGBT, pessoa com deficiência, entre outros.
Luciana Garcia, Diretora de Defesa da Secretaria Nacional Promoção e Defesa dos Direitos Humamonos, ressaltou a importância do diálogo entre a coordenadoria de saúde mental e o programa de proteção a testemunhas “é preciso garantir a plena saúde mental de quem está protegido e passa a sofrer em função do programa de proteção”, defendeu.
Assessoria de Comunicação Social