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Prêmio
Seppir lança Prêmio Antonieta de Barros durante cerimônia de posse do Conjuve
Aproveitando a presença de jovens de todo o país, a ministra da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes, lançou hoje (4) o Prêmio Antonieta de Barros para Jovens Comunicadores Negros e Negras , durante a cerimônia de posse da nova direção do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve).
Nilma destacou o protagonismo da juventude brasileira, que superou diversos estigmas associados ao grupo (jovens de 15 a 29 anos).
“Superamos a ideia de que a juventude é o vir a ser, que é um tempo de irresponsabilidade, uma transição para o adulto. Hoje sabemos que a juventude possui sentido em si mesma e todos estão aqui atuando na política, na defesa de seus direitos”.
Para a ministra, a atuação da Seppir deve ser em conjunto com a sociedade, e principalmente com grupos como os jovens.
“O prêmio é uma forma de incentivar essa parceria, de mobilizar todos na luta pela superação do racismo”, argumentou a gestora.
A iniciativa da Seppir destina R$ 600 mil em prêmios, divididos igualmente em 30 prêmios de R$ 20 mil cada. Os comunicadores produzirão material jornalístico, didático e cultural voltado a temas como a promoção da igualdade racial e o combate e todas as formas de racismo ainda presentes na sociedade.
Vigilância
A deputada federal Erika Kokay, presente no evento, disse que o momento que a sociedade vive é de “um distanciamento da democracia representativa”, que na visão da parlamentar, deve ser fortemente combatida pela juventude.
“As ameaças aparecem na forma de projetos conservadores como o estatuto da família e a redução da maioridade penal. Temos que defender que os problemas da nossa sociedade só podem ser resolvidos com democracia, e não com fundamentalismo político”.
Para o novo presidente do conselho, Daniel Souza, é tarefa da juventude lutar contra as propostas que buscam suprimir direitos, como a redução da maioridade penal. Ele afirma que o Brasil passou por uma transformação e alguns setores conservadores não aceitam.
“Sou filho de empregada doméstica e pai caminhoneiro. Fui prounista e ingressei na universidade através da cotas. Beijo para os coxinhas. O Brasil mudou e a juventude tem que lutar pela continuidade da mudança”, afirmou.
Confira o edital .
Acesse aqui a ficha de inscrição !
Sobre o prêmio e Antonieta
Interessados podem se inscrever até o dia 15 de outubro, pessoalmente na Seppir, ou mesmo via Internet, pelo e-mail premio.jovenscomunicadores@seppir.gov.br .
Catarinense nascida em 11 de julho de 1901, Antonieta de Barros foi uma pioneira no combate a discriminação dos negros e das mulheres. Foi a primeira deputada estadual negra do país e primeira deputada mulher do estado de Santa Catarina.
Além da militância política, Antonieta participou ativamente da vida cultural de seu estado. Fundou e dirigiu o jornal A Semana entre os anos de 1922 e 1927. Neste período, por meio de suas crônicas, ela veiculava suas ideias, principalmente aquelas ligadas às questões da educação, dos desmandos políticos, da condição feminina e do preconceito racial. Dirigiu também a revista quinzenal Vida Ilhoa, em 1930, e escreveu vários artigos para jornais locais. Com o pseudônimo de Maria da Ilha, escreveu, em 1937, o livro Farrapos de Ideias.