Seppir acolhe atriz Kenia Maria, vítima de ataque racista

Em Brasília, atriz pede por mobilização e conscientização da sociedade

No mês em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, a Secretaria Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), do Ministério dos Direitos Humanos, recebeu a atriz Kenia Maria, que sofreu ataque racista e assédio sexual em um shopping do Rio de Janeiro, no início de março.

Em Brasília, a atriz – que também é Defensora dos Direitos das Mulheres Negras da Organização das Nações Unidas (ONU) – contou com o apoio do secretário nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Juvenal Araújo, na companhia das representantes da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, Herta de Souza Rolim e Sueli Vieira para acolher a denúncia de racismo sofrida.

Kênia Maria pede por mobilização e conscientização da sociedade para desconstruir a imagem internacional do Brasil como país sem punição adequada para esses casos. “Eu clamo a justiça do Brasil porque nossos corpos valem muito. Somos rainhas, sim! Todas nós temos uma coroa na cabeça. Nesse momento falo com a emoção das águas doces que fervem”, ressalta.

A Seppir vem trabalhando em conjunto com os governos estaduais para a criação de delegacias especializadas em crimes de Racismo, Discriminação Racial e Intolerância Religiosa, oferecendo subsídios e capacitação para gestores e agentes de segurança pública. Para o secretário, “a falta de responsabilização assegura que outras pessoas cometam mais violações de direitos”, ressalta Araújo.

Denuncie

Em caso de ataques racistas, está disponibilizado o Disque 100, serviço de utilidade pública do Ministério dos Direitos Humanos (MDH), destinado a receber demandas relativas a violações de direitos humanos, em especial as que atingem populações com vulnerabilidade acrescida, como: crianças e adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, LGBT, pessoas em situação de rua, quilombolas, ciganos, indígenas, pessoas em privação de liberdade. O serviço é gratuito e funciona ininterruptamente.