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Reunião da Década Internacional dos Afrodescendentes aprova documento final
Delegados que participaram da reunião da América Latina e Caribe sobre a Década Internacional de Afrodescendentes aprovaram na última sexta-feira (4/12), um documento com 24 itens para a formulação de políticas de promoção da igualdade racial e combate ao racismo na região.
A ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, disse que os movimentos sociais são decisivos para a implementação das políticas nos países.
“Nós sabemos que sem a força e a luta dos movimentos sociais muitas das ações que o governo faz não teriam sucesso”, destacou a ministra.
A declaração, aprovada por unanimidade, lista 24 iniciativas que devem ser feitas na região para expandir as políticas de promoção da igualdade racial.
Nilma afirmou que o trabalho é de muita diplomacia, e parte do princípio de acreditar na humanidade, na disposição da sociedade para superar esses fenômenos (racismo e discriminação de todos os tipos).
“A responsabilidade que temos como gestores é enorme. Precisamos conversar, ter consenso para estimular e cumprir o que foi definido neste documento. Ao fazer isso estamos garantindo direitos”, defendeu a gestora.
O Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, lembrou que os governos já ouviram várias vezes a demanda dos negros, e que a reunião serviu para criar uma atmosfera construtiva em torno das políticas de promoção da igualdade racial.
“Eu agradeço a oportunidade de estar em um ambiente tão positivo e construtivo onde podemos ouvir as demandas da sociedade. Somos todos afrodescendentes no dia de hoje e vamos lutar juntos para que os itens da declaração sejam cumpridos”.
Propostas
Entre as propostas, há ações afirmativas para garantir direitos e reduzir desigualdades; reafirmação de compromissos assumidos em Durban; a implementação de métodos de consulta dos afrodescendentes, para auxiliar na elaboração de políticas públicas; além de ações no campo da educação, economia, cultura e outras áreas correlatas para promover os direitos dos afrodescendentes. O relatório final será emitido como um documento das Nações Unidas em todos os idiomas oficiais.