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Prêmio Antonieta de Barros: lista preliminar da fase de habilitação será divulgada nesta terça (27)
A lista preliminar da fase de habilitação no “ Prêmio Antonieta de Barros para Jovens Comunicadores Negros e Negras” s erá divulgada nesta terça-feira (27/ 10 ) , no site www.seppir.gov.br . Segundo a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), vinculada ao Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, a alteração no cronograma se deve à necessidade de aguardar o recebimento dos arquivos postados, via Correios, no dia do encerramento das inscrições .
O Prêmio visa reconhecer ações voltadas para a promoção da igualdade racial e a superação do racismo. Serão contempla das 30 iniciativas ou atividades de comunicação realizadas por jovens negros e negras. Os candidatos devem estar na faixa etária dos 15 aos 29 anos, conforme disposto no Estatuto da Juventude. Cada iniciativa receberá um prêmio de R$ 20 mil . Ao todo são R$ 600 mil em prêmios para fortalecer a comunicação negra no país.
Uma comissão técnica composta pela Seppir analisará os projetos, incluindo representantes da Secretaria Nacional da Juventude e sociedade civil organizada.
Sobre Antonieta de Barros
Catarinense nascida em 11 de julho de 1901, Antonieta de Barros foi uma pioneira no combate a discriminação dos negros e das mulheres. Foi a primeira deputada estadual negra do país e primeira deputada mulher do estado de Santa Catarina.
Além da militância política, Antonieta participou ativamente da vida cultural de seu estado. Fundou e dirigiu o jornal A Semana entre os anos de 1922 e 1927. Neste período, por meio de suas crônicas, ela veiculava suas ideias, principalmente aquelas ligadas às questões da educação, dos desmandos políticos, da condição feminina e do preconceito racial. Dirigiu também a revista quinzenal Vida Ilhoa, em 1930, e escreveu vários artigos para jornais locais. Com o pseudônimo de Maria da Ilha, escreveu, em 1937, o livro Farrapos de Ideias.
Ao longo de sua vida, Antonieta atuou como professora, jornalista e escritora. Como tal, destacou-se, entre outros aspectos, pela coragem de expressar suas ideias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão; por ter conquistado um espaço na imprensa e por meio dele opinar sobre as mais diversas questões; e principalmente por ter lutado pelos menos favorecidos, visando sempre a educação da população mais carente.
Antonieta faleceu no dia 18 de março de 1952, com 50 anos.
Com informações do site A Cor da Cultura