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“Mestrado em Sustentabilidade junto a Povos Tradicionais” é tema de conversa na Seppir
Pós-graduação para quilombolas e indígenas. Este foi um dos assuntos abordados nesta quinta-feira (18), entre a ministra da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes, e a coordenadora do “Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais” (MESPT), Mônica Nogueira. O curso, promovido pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UnB), possui duração de 24 meses, com abordagem das linhas de pesquisa “Gestão Territorial e Ambiental”, “Educação Intercultural para a Sustentabilidade”, e “Produção Sustentável e Segurança Alimentar".
Realizado com o apoio da Secretaria, o Mestrado visa à formação de profissionais para o desenvolvimento de pesquisas e intervenções sociais, com base no diálogo de saberes - científicos e tradicionais - e em prol do exercício de direitos, do fortalecimento de processos autogestionários da vida, do território e do meio ambiente, da valorização da sociobiodiversidade e salvaguarda do patrimônio cultural (material e imaterial) de povos indígenas, quilombolas e demais comunidades tradicionais.
Troca de conhecimentos
De acordo com a coordenadora Mônica Nogueira, o diálogo entre os saberes tradicionais e a academia é parte integrante da proposta curricular. Segundo ela, “as experiências e produção de conhecimento se baseiam justamente nesse encontro, a fim de fornecer respostas para problemas das comunidades”, disse.
“A expectativa é transformar a universidade, além de obter resultados práticos. Desta forma, são visadas a recuperação e manutenção dos territórios em bases sustentáveis”, informa a gestora.
Mônica destaca, ainda, que a responsabilidade dos alunos é de outra natureza. “O sujeito é parte dessa realidade, por isso ele tem o compromisso de adensar as experiências, em busca de transformações. Ele também tem a chance de se firmar como intelectual e autor, o que representa uma luta contra o histórico de exclusão escolar e acadêmica”, afirma.