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Reconhecimento
Prêmio Manuel Faustino escolhe vencedores
Ocorreu ontem (9), em Salvador, a entrega do Prêmio Manuel Faustino, que escolheu sete organizações que atuam no empoderamento político e social da juventude negra baiana. Cada instituição recebeu R$ 10 mil, totalizando R$ 70 mil em prêmios.
Além disso, as organizações tiveram os projetos registrados em documentário, com depoimentos dos responsáveis e beneficiários, material que foi exibido durante o evento. A realização do prêmio é uma parceria da Seppir com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) do governo da Bahia, através de um convênio.
Para o gerente de projetos da Seppir, Lindivaldo Oliveira Junior, as experiências conduzidas pelas organizações da sociedade civil auxiliam o Governo Federal no aprimoramento de políticas públicas. Ele destacou duas iniciativas premiadas ontem.
“A casa do estudante quilombola foi uma iniciativa muito interessante porque busca garantir a permanencia do estudante na sala de aula. Após o jovem entrar na universidade eles fornecem a acomodação. Outra iniciativa foi o treinamento feito com mulheres para reciclagem do óleo de cozinha, feita pela Apas de Salvador. São iniciativas de empoderamento econômico dos negros”.
Lindivaldo acredita que as iniciativas premiadas têm alcance também no sentido de prevenir violência contra a juventude negra. “No nosso entendimento são ações que protegem a juventude negra. É preciso trazer as ideias apresentadas para discuti-las dentro do governo”.
As organizações premiadas foram:
Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (Acbantu);
Associação Pracatum Ação Social (APAS), de Salvador;
Instituto de Desenvolvimento Sustentável Baiano (IDSB);
Conselho das Associações Quilombolas do Território do Sudoeste da Bahia (CAQSUB), de Vitória da Conquista;
Comvida (Camaçari);
Associação de Desenvolvimento Comunitário São Sebastião (ASS), de Paratinga;
Instituto Casa da Cidadania de Serrinha
Sobre Manuel Faustino
Manuel Faustino foi um dos líderes da Revolta dos Búzios, ocorrido na Bahia, entre 1798 e 1799. Junto com Lucas Dantas, Manoel Faustino, Luís Gonzaga e João de Deus, o alfaiate foi incluído no Livro dos Heróis Nacionais, em março de 2011, por meio de lei federal sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. Nascido em Santo Amaro, no Recôncavo baiano, ele era filho de escrava liberta e pai desconhecido.