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Deputadas do Amapá se reúnem com ministra Nilma
A deputada federal Janete Capiberibe e a deputada estadual Cristina Almeida, ambas do Amapá, estiveram na Seppir hoje (1), para apresentar reivindicações à ministra da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes.
Janete solicitou apoio da ministra as mulheres negras do Amapá, para que elas possam participar da etapa nacional da Marcha das Mulheres, em novembro. “Nós vivemos em um estado onde o acesso é somente aéreo ou fluvial. As caravanas gastam muitos dias para chegar até Brasília, viajando de barco e depois de ônibus. Hoje em dia é mais econômico viajar de avião, e precisamos de apoio para garantir a participação de nossas mulheres na marcha”, argumentou.
Segunda a deputada, o movimento já está organizado para a etapa estadual, que será em julho. Além do apoio, Janete sugeriu a colaboração da Seppir para formular emendas parlamentares que promovam a igualdade racial. “Precisamos ter conhecimento técnico para garantir que as emendas sejam aprovadas e liberadas”.
Nilma disse que a Seppir irá ajudar no que for possível, tanto na participação das mulheres na marcha quanto na garantia de mais recursos para a promoção da igualdade racial.
A ministra se comprometeu também de mobilizar as comunidades tradicionais no sentido de se manifestar a respeito da Proposta de Emenda à Constituição 215, que transfere do executivo para o legislativo a demarcação de terras para comunidades indígenas e quilombolas.
Janete afirmou que os índios estão participando ativamente da discussão, mas são os únicos a se pronunciar. “Nós não ouvimos as comunidades quilombolas nessas discussões e eles tem que se manifestar, pois a PEC atinge também a demarcação de territórios quilombolas, não é uma questão restrita aos índios”.
Demarcações
Cristina Almeida lembrou a ministra que algumas comunidades quilombolas do estado esperam a efetiva demarcação de suas terras há mais de uma década. “A comunidade do Rosa teve o processo iniciado em 2004 e ainda não foi concluído. A comunidade dos Cunani também enfrenta problemas, pois está sob uma reserva ambiental. Precisamos de apoio para resolver a situação destas comunidades”.
Para solucionar a questão, Nilma informou que irá solicitar a Secretaria de Políticas Para Comunidades Tradicionais (Secomt) um parecer sobre a situação de ambos processos, para ver como a demarcação destas terras pode ser agilizada.