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Reconhecimento
Casa do Jongo da Serrinha tem dia de festa durante a entrega do Prêmio Afro Fluminense
O Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos humanos participou neste sábado (21/12) da entrega do Prêmio Afro Fluminense, uma parceria com a Superintendência de Cultura e Território, da Secretaria de Estado de Cultura (SEC) do governo do Rio de Janeiro.
"Esse Prêmio é o nosso reconhecimento, é momento muito importante para nossa religião e para nossa cultura", afirmou a Mãe Meninazinha de Oxum, que desde 1968 comanda o terreiro Ilê Omolu Oxum, na Baixada Fluminense, um dos ganhadores do Prêmio Afro.
Para a ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, o prêmio é um reconhecimento a diversa cultura encontrada no Brasil.
“As dezenas de iniciativas premiadas são uma mostra do potencial desses e de muitos outros projetos que merecem reconhecimento e incentivo, e que devem ser referências na busca pela superação do racismo e na consolidação da democracia no Brasil”.
O ministério investiu mais de R$ 770 mil na premiação, que contemplou 36 iniciativas de preservação e difusão da memória e cultura relacionadas aos povos e comunidades tradicionais de matriz africana e de terreiros.
O Secretário Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Ronaldo Barros, afirmou que as políticas públicas raciais promovidas nos últimos treze anos, como a política de cotas para negros nas universidades públicas, representam um avanço para mais de 108 milhões de brasileiros, negros declarados pelo Instituto Brasileira de Pesquisa e Estatística (IBGE).
"A capacidade intelectual do negro na universidade e na cultura é uma potência, uma riqueza desse país. E o Prêmio Afro é uma forma de inserir os negros na verdadeira representatividade das suas origens", disse Barros.
"A partir do reconhecimento da herança cultural e dos grupos que ainda hoje preservam o legado dos descendentes do continente africano é que a gente consegue criar e estimular a tolerância e o respeito à diversidade cultural do país. O Prêmio Afro Fluminense não foi apenas um edital, ele, a partir deste momento, é um programa contínuo e permanente da Secretaria de Estado de Cultura. E esta celebração neste espaço é o início de algo que estamos construindo juntos", disse Eva Doris Rosental, Secretária de Estado de Cultura.
O grande homenageado da festa foi o historiador e pesquisador Joel Rufino dos Santos, morto em 2015, e lembrado com emoção na cerimônia. Teresa Garbayo, viúva de Joel Rufino, recebeu a placa em tributo ao pesquisador.
"É muito emocionante estar aqui neste prêmio e participar deste momento de celebração da diversidade cultural do nosso estado. Joel estaria muito feliz de estar aqui", disse Teresa, muito tocada com a reverência a Joel Rufino.
Texto adaptado da Ascom/SEC-RJ