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Técnicos da Seppir iniciam cooperação com governo de Moçambique
Representantes do governo brasileiro iniciaram nesta segunda-feira (17), em Moçambique, as discussões para efetivar o acordo assinado entre os países para cooperação técnica. O primeiro projeto a ser desenvolvido é um curso de capacitação para professores do ensino básico moçambicano.
A medida é necessária, segundo o governo de Moçambique, porque muitos dos professores não tem formação em curso superior. O défict de instrução é semelhante a situação que o Brasil viveu nas décadas de 70 e 80, quando muitos dos professores de ensino básico tinham apenas a formação técnica em magistério, sem cursar a faculdade de pedagogia, por exemplo.
A ideia do projeto é ministrar um curso de capacitação de 30 horas para os professores moçambicanos nesta situação, com vistas a atualizar o conteúdo dos profissionais. A Seppir atua junto ao governo de Moçambique no desenvolvimento do termo de cooperação, e outros representantes brasileiros participam da missão.
Segundo a assessora internacional da Seppir, a Magali Naves, a primeira reunião foi positiva. “O evento seguiu a proposta de agenda e apresentamos algumas experiências de educação no Brasil. As reuniões continuam até sexta-feira para construir o projeto, visando a implementação em 2016”.
A gestora afirma que os certificados deverão ser entregues no mês de novembro de 2016, período do aniversário de 40 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre o Brasil e Moçambique. Para ela, o projeto tem caráter especial por ser uma iniciativa pioneira de projeto envolvendo um país africano.
Além de Magali Naves, participam do encontro a diretora de Políticas de Educação do Campo, Indígena e para as Relações Étnico-Raciais da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, Rita Potyguara Nascimento, a superintendente de Temáticas Especiais de Ensino da Secretaria de Educação de Minas Gerais, Iara Félix Viana, e as professoras Maurilane de Souza Biccas, da Universidade de São Paulo (USP) e Ana Lúcia Silva Souza da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Além do curso de capacitação, o termo de acordo entre os países prevê o intercâmbio de estudos, pesquisas relacionadas às questões raciais, historiografia, cultura e identidade negra, troca de experiências no campo do combate a desigualdade racial e racismo, entre outros itens.