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Ministério lança campanha contra racismo na religião
O Ministério das Mulheres da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos lançou, nesta segunda-feira (9/5), a campanha " Não importa sua crença, Acredite no Respeito ", que aborda o racismo e a intolerância direcionados a religiões de matriz africana e de terreiros.
O objetivo da campanha é a valorização da diversidade religiosa da sociedade brasileira, sensibilizando o público em geral quanto à importância do respeito à diversidade de suas crenças e convicções, e com enfoque no racismo sofrido pelos povos e comunidades negras tradicionais.
Segundo a secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Givânia Silva, um dos maiores desafios que a população negra ainda enfrenta é o desrespeito e a intolerância em relação a suas formas de expressar a fé.
"As religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda, que sempre foram alvo de preconceito e generalizações, também têm enfrentado uma onda de agressões e ataques contra seus símbolos e instituições. Nesse sentido, a atuação do governo federal se dá em três esferas: o combate ao preconceito, a proteção à população e a promoção da igualdade racial", explicou a secretária.
A campanha será veiculada na TV, rádio e internet no período de duas semanas.
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Denúncias por intolerância religiosa aumentam no Brasil
O Disque 100, principal canal da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos para registro de denúncias, contabilizou no ano passado o total de 556 denúncias de intolerância religiosa, segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos, vinculada ao Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. Há cinco anos, quando o serviço começou a registrar denúncias de discriminação por religião, foram contabilizados apenas 15 casos. Dessa forma, o canal teve aumento de 3.706% nos registros de denúncias por intolerância religiosa no Brasil. O ritmo de crescimento de denúncias deste tipo tem sido subido a cada ano. Somente em relação à 2014, foram registradas no ano passado 273% mais casos de violações em intolerância religiosa.