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Secretário da Seppir debate ações afirmativas e desigualdade racial no mundo do trabalho
O secretário especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, Ronaldo Barros, participou, nesta segunda-feira (11), da mesa "Balanço das Conferências de Gênero, Raça e Juventude", na IV Conferência Nacional de Gênero, Raça e Juventude da UGT (União Geral dos Trabalhadores do Brasil), que ocorre de 10 a 12 de abril em Belo Horizonte.
Ronaldo Barros falou sobre a resolução n° 746 do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), de julho de 2015, que recomenda ações de estímulo para a inclusão da população negra nas políticas, programas e projetos custeados com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
“É possível uma empresa atuar com ações afirmativas tanto na cadeia produtiva, gerando renda e empregabilidade para este setor da população que é mais vulnerável, como também pode, fazendo associação à Lei 12.990, que reserva 20% de vagas para negros no serviço público, colocar uma meta de 20% de empregabilidade de pessoas negras em todos os setores daquela empresa, não só na base, mas na estrutura de decisão”, explica o secretário.
Barros também reforça a importância de haver cargos de chefia nas empresas ocupados por mulheres, jovens e negros. “Observando as leis, tanto nas universidades, quanto no serviço público, percebe-se que a qualidade do serviço melhora quando se amplia a diversidade”, afirma.
Usando como referência a resolução do Codefat, o secretário estimulou a proposição de políticas de ações afirmativas no mundo privado pela UGT, central que concentra o maior número de trabalhadores do mundo privado no país. “Temos um momento importante para pensar formas políticas de ações afirmativas no mundo do trabalho privado, aonde essas políticas ainda não chegaram. Precisamos avançar, porque essas políticas melhoraram a qualidade das universidades, do serviço público e podem melhorar também o mundo privado”, finalizou o secretário.
Após a fala do secretário, os secretários nacionais de Mulheres, Diversidade Humana e Juventude da UGT participaram do debate analisando os avanços obtidos por meio das conferências já realizadas pela central nos últimos anos, e fomentando a construção de proposições que continuem a inserir as temáticas de gênero, raça e juventude na agenda sindical da UGT Nacional.
Desigualdade e discriminação no mundo do trabalho
A Seppir também foi representada no debate seguinte da conferência, “Violência no mundo do trabalho: desigualdade e discriminação”, que levantou proposições relacionadas à igualdade de gênero e raça; desigualdade salarial e discriminação contra mulheres, pessoas negras, jovens e o público LGBT no mundo do trabalho. A diretora de programas da Secretaria de Políticas de Ações Afirmativas, Marjorie Chaves, falou sobre discriminação e desigualdade racial no mundo do trabalho. A mesa também contou com a participação de Euzébio Jorge, presidente do CEMJ e integrante do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve); da militante do movimento LGBT, Tchaka Drag Queen; da secretária ajdunta de mulheres da UGT, Cássia Buffelli e do representante da juventude da UGT-ES, Tiago Elias.