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Alunos de São Paulo visitam a Seppir, em Brasília
Estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Castanheiras, de Santana da Parnaíba – SP, conheceram, nesta quinta-feira (07/04), as ações desenvolvidas pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). O órgão, que integra o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, tem sede em Brasília-DF.
Os visitantes foram recebidos pelo diretor de programas da Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais da Seppir (Secomt/Seppir), Dênis Rodrigues. Durante o encontro, ele apresentou a estrutura e atribuições da instituição. “O desafio da política de igualdade racial é garantir que negros cheguem aos espaços de poder”, ressaltou.
Rodrigues também destacou o tema das ações afirmativas, que “são políticas públicas feitas com o objetivo de corrigir desigualdades raciais presentes na sociedade, acumuladas ao longo de anos”. Entre os exemplos, o gestor cita que “elas podem ser de três tipos: com o objetivo de reverter a representação negativa dos negros; para promover igualdade de oportunidades; e para combater o preconceito e o racismo”.
Para o coordenador do colégio, Renato Nadal, as visitas temáticas englobam um trabalho de consciência política desenvolvido com os alunos. “Debatemos temas atuais, entre eles as cotas e o racismo. Nesse contexto, procuramos despertar uma formação mais humana”, disse o professor.
Seppir
Criada em 2003, a Secretaria nasce do reconhecimento das lutas históricas do Movimento Negro brasileiro. A data é emblemática, pois em todo o mundo celebra-se o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em memória do Massacre de Shaperville. Em 21 de março de 1960, 20 mil negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular. Isso aconteceu na cidade de Joanesburgo, na África do Sul. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão e o saldo da violência foram 69 mortos e 186 feridos.
A Seppir utiliza como referência política o Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010), que orientou a elaboração do Plano Plurianual (PPA 2012-2015), resultando na criação de um programa específico intitulado "Enfrentamento ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial”.