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Relatório da ONU Mulheres reconhece avanço das brasileiras no mundo do trabalho
Lançamento do relatório O Progresso das Mulheres no Mundo 2015-2016. Foto: Divulgação ONU Mulheres
A ONU Mulheres apresentou nesta semana seu relatório global “O Progresso das Mulheres no Mundo 2015-2016: transformar as economias para realizar direitos”. O Brasil é um dos países em destaque no documento devido ao seu papel na geração de trabalho decente para as mulheres. Segundo o texto, os anos 2.000 foram favoráveis às mulheres que estão no mercado de trabalho. Em 1995 elas ganhavam 35% menos do que os homens, e em 2007 a diferença caiu para 29%.
Na questão da carteira assinada, entre 2001 e 2009 a participação das mulheres brasileiras subiu de 30% para 35% do total das que integravam o mercado de trabalho. Em igual período, o peso das mulheres na População Economicamente Ativa (PEA) - população que está inserida no mercado ou que, de certa forma, está procurando se inserir nele para exercer algum tipo de atividade remunerada - subiu de 54% para 59%. A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), Eleonora Menicucci, disse receber “com muita alegria o reconhecimento dado às políticas públicas brasileiras de inclusão na perspectiva de gênero”.
De acordo com o relatório global da ONU Mulheres, de 2000 a 2008 o governo brasileiro implantou políticas públicas que foram essenciais para reduzir a pobreza, entre elas a do salário mínimo, responsável por tirar 66% das pessoas em situação de pobreza, a das aposentadorias, que contribuiu com 16%, e o Bolsa Família, com 12%. “Isso só reforça as políticas e as diretrizes do governo da primeira presidenta eleita e reeleita no Brasil”, ressaltou Menicucci, para quem a “inclusão de mulheres no mercado de trabalho e no emprego formal é uma conquista que não tem volta”.
Lançado simultaneamente em sete cidades do mundo – Londres, Nairóbi, Nova York, Sidney, Cidade do México, Sidney e Alexandria –, o documento destaca que as economias globais – tanto de países ricos quanto pobres – falharam em garantir às mulheres “o pleno exercício dos seus direitos econômicos e sociais”.
O documento indica que, no mundo, somente 50% das mulheres fazem parte da força de trabalho em comparação com 75% dos homens. Aponta que a participação das mulheres da América Latina e Caribe no mercado de trabalho, entre eles o Brasil, teve o maior aumento entre todas as regiões em âmbito global – de 40 a 54% entre 1990 e 2013 -, mas ainda distante da participação dos homens – 80%. Mesmo assim, 59% dos empregos das mulheres na região têm como origem o mercado informal, portanto, sem o amparo da legislação.
Com base em evidências de políticas públicas que estão produzindo mudanças significativas, o Relatório global da ONU Mulheres apresenta 10 recomendações-chave que ajudarão os governos a assegurar às mulheres avanços no exercício de seus direitos e no desenvolvimento sustentável das sociedades de uma maneira geral.
Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR