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Evento marcou o último dia da campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher
Pedra fundamental da Casa da Mulher Brasileira de São Paulo é lançada
Descerramento da placa da Pedra Fundamenta da Casa da Mulher Brasileira de SP. Foto: Divulgação SPM
A Secretária Especial de Políticas para as Mulheres do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Eleonora Menicucci, lançou nesta quinta-feira (10/12) a Pedra Fundamental da Casa da Mulher Brasileira de São Paulo, localizada no bairro Cambuci. As obras já foram iniciadas e deverão ser concluídas no primeiro semestre de 2016. Participaram da cerimônia parlamentares, representantes dos Poder Judiciário, do governo estadual, da Prefeitura Municipal, de centrais sindicais e de movimentos sociais.
Eleonora Menicucci disse que o lançamento da Pedra representa o compromisso da presidenta da República, Dilma Rousseff, com o enfrentamento da violência contra a mulher. “Estamos aqui cumprindo a determinação da Lei Maria da Penha de proporcionar atendimento integrado e humanizado, disse. “A Casa não é só uma construção”. É a construção de uma política pública”, acrescentou.
Na oportunidade, Eleonora Menicucci falou do momento político e dos tipos de críticas que a Presidenta da República vem sendo alvo. “Nunca vi na minha vida ataques tão misóginos dirigidos a ela”, disse em defesa de Dilma Rousseff, acrescentando: “Que ninguém ouse quebrar a instituição do Estado de Direito democrático de nosso país que gerações contemporâneas desde 1968 vem construindo”.
A secretária Municipal de Políticas para as Mulheres, Denise Mota Dau, apresentou quadro da violência contra a mulher, que contabilizou 167 homicídios no último ano, e destacou a importância da Casa para São Paulo. Segundo ela, juntamente com outros equipamentos já instalados e em fase de construção, como a Casa de Passagem, a construção da Casa representa que o enfrentamento à violência contra a mulher é prioridade do Executivo local. Ela aproveitou a oportunidade para informar que o São Paulo a partir de hoje passou a ter Conselho Municipal de Políticas para as Mulheres, criado por meio de decreto municipal.
Para a defensora pública Ana Paula de Oliveira, a Casa representa a possibilidade das mulheres terem acesso os serviços num único local, evitando a revitimização. A coordenadora do Núcleo de Violência Doméstica do Ministério Público, Silvia Charquian, disse que a Casa representa um grande avanço. A representante do Tribunal de Justiça de São Paulo, Maria Luiza Freitas, também destacou a importância da Casa para que as mulheres tenham facilitado à Justiça. Também falaram a coordenadora do programa São Paulo Carinhosa, Ana Estela Haddad, a delegada Rose Mary Correia, titular da primeira Delegacia da Mulher de São Paulo, criada há 30 anos, a deputada estadual Leci Brandão e a deputada federal Ana Perugini. Também estava presentes a vereadora Juliana Cardoso, Clara Charf, presidente da Associação Mulheres pela Paz, e a secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Aparecida Gonçalves.
A Casa funcionará como um espaço de atendimento integral e humanizado às mulheres que estiverem em situação de violência. Num mesmo espaço serão disponibilizados diferentes serviços especializados que atendem aos mais diversos tipos de violência contra as mulheres: Acolhimento e Triagem; Apoio Psicossocial; Delegacia; Juizado Especializado em Violência Doméstica e Familiar contra as Mulheres; Ministério Público, Defensoria Pública; Serviço de Promoção de Autonomia Econômica; Espaço de cuidado das crianças – Brinquedoteca; Alojamento de Passagem e Central de Transportes. O governo federal, por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres, está investindo R$ 8 milhões na Casa de São Paulo.