ONU lança 16 de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres com a participação da SPM

Na ocasião, Eleonora Menicucci enfatizou que a posição do Brasil é de “tolerância zero” com a violência contra a mulher. A ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, também ressaltou esse posicionamento do governo de não aceitar de forma alguma a violência de gênero e lembrou que o Mapa da Violência 2015, divulgado na semana passada, mostra uma situação é  “dramática” . O Mapa indicou que 54% das mulheres em situação de violência no Brasil são negras. “Vamos construir uma sociedade brasileira que respeite a mulher”, concluiu a Ministra.

De acordo com o Mapa da Violência, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), com o apoio da SPM e ONU Mulheres e da Organização Pan-americana de Saúde, o Brasil assume a 5ª posição no ranking de feminicídio, com uma taxa de 4,8 assassinatos por cada 100 mil mulheres.

A cerimônia de lançamento da campanha mundial da ONU teve as presenças do coordenador-Residente do Sistema Nações Unidas no Brasil, Niki Fabiancic, da diretora Executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e esposa Márcia Rollemberg, de parlamentares, representantes de diversas instituições públicas e da secretária nacional de Enfrentamento à Violência da SPM, Aparecida Gonçalves.

16 Dias - No Brasil, a Campanha dos 16 Dias se inicia em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra, e termina em 10 de Dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. Hoje, cerca de 150 países desenvolvem esta campanha. No Brasil, ela acontece desde 2003, por meio de ações de mobilização e esclarecimento sobre o tema.

Os 16 Dias de Ativismo começaram em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), iniciaram uma campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. A data é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, que se posicionaram contrárias ao ditador Trujillo, ficando conhecidas como “Las Mariposas”, e sendo assassinadas em 1960, na República Dominicana.

Iluminação laranja – O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, anunciou que os primeiro monumentos s serem iluminados durante a campanha em Brasília com a cor laranja seriam a Torre de TV e Palácio do Buriti.

O Museu Nacional também começou a projetar, nesta quarta-feira (18/11), frases que convocam cidadãos e cidadãs, governos, universidades, empresas e sociedade civil a tomarem uma atitude pelo fim da violência contra mulheres e meninas. Em julho de 2012, a campanha UNA-SE pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, do Secretário-Geral das Nações Unidas, proclamou o dia 25 de cada mês como um Dia Laranja.  

Comunicação Social
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres – SPM