Ministra se reúne com mulheres moçambicanas para diálogo sobre as questões de gênero

A ministra Nilma Lino Gomes se reuniu, na noite da última quinta-feira (6/4), em Moçambique, com um grupo de mulheres que atuam com protagonismo em diversas áreas do país. O encontro, que foi organizado pelo embaixador do Brasil em Maputo, Rodrigo Baena, possibilitou a troca de informações sobre os dois países, com destaque para as questões de gênero.

Nilma Lino Gomes está na capital para a entrega de certificados a 494 professores que fizeram o curso de formação aplicado por especialistas brasileiros e moçambicanos, por meio de um acordo de cooperação realizado entre o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, Juventude e dos Direitos Humanos e o Ministério de Educação Básica de Moçambique.

Na conversa, a ministra destacou as políticas do governo brasileiro para as mulheres, ressaltando que, desde o seu primeiro governo, a presidenta Dilma Rousseff priorizou a agenda, determinando tolerância zero à violência contra a mulher. Ela citou algumas iniciativas sob a responsabilidade da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), a exemplo do Disque 180 e da Casa da Mulher Brasileira, mas reconheceu que muito ainda precisa ser feito para que a igualdade de gênero se torne realidade, com as mulheres ocupando os mesmos espaços de poder que continuam sendo preenchidos majoritariamente por homens.

O diálogo aconteceu na data em que o país comemora o Dia da Mulher Moçambicana, que integra o calendário de feriados nacionais. A ministra ouviu as mulheres moçambicanas sobre a realidade do país no que tange à questão de gênero e que se assemelha, em vários aspectos, à realidade brasileira.

O encontro contou com a presença da ministra do Gênero, Criança e Ação Social, Cidália Oliveira; da economista moçambicana Luísa Diogo; da diretora para Europa e Américas do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Berta Cossa; da escritora moçambicana Paulina Chiziane; de Fátima Langa, membro e fundadora da Associação Muchefa (Mulher Chefe de Família); da brasileira Marcia de Castro, que é representante da ONU em Moçambique; da brasileira Iraê Lundin, que é chefe do Departamento de Estudos Sociopolíticos e Culturais do Instituto Superior de Relações Internacionais; da cardiologista Beatriz Ferreira; e Lícia de Oliveira, também brasileira e diretora do Escritório Regional da Fiocruz.

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