Notícias
Mais Mulheres na Política chega ao Pará
Foto: Andreia Araújo
Cinco vezes deputada federal pelo estado do Amapá, ela ressaltou que vai trabalhar ativamente para ampliar o acesso e as garantias de participação das mulheres na política.
"Precisamos rever a legislação. Fazer com que as cotas se cumpram de fato. Que tenhamos condições de nos candidatarmos e de concorremos de forma justa. Com apoio dos partidos, financiamento adequado, espaço de televisão".
Ao lado da secretária, compunham a mesa a procuradora da Mulher da Câmara dos Deputados, deputada Elcione Barbalho; a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, deputada Gorete Pereira (PR-CE); a vice presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, deputada Zenaide Maia (PR-RN); o coordenador do Centro Judiciário de Resolução de Conflitos e Cidadania da Mulher do DF, juiz Ben-Hur Viza; e a presidente da Mulher de Ananindeua, professora Nilse.
A audiência promovida pela Procuradoria Especial da Mulher e pela Secretaria de Mulheres da Câmara dos Deputados contou com o apoio da Alepa e a presença de cerca de 300 lideranças locais, entre representantes de movimentos sociais, de fóruns de mulheres contra a violência e mulheres empreendedoras, entre outras autoridades.
Apesar de as mulheres representarem, aproximadamente, 44% dos filiados a partidos políticos e mais da metade do eleitorado, esses números não se refletem na representação no Legislativo. A campanha defende a criação de cotas para mulheres em todas as casas legislativas, visando aumentar a representatividade feminina na política, efetivando o princípio constitucional da igualdade de gênero.
Fátima Pelaes elogiou a campanha institucional do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para estimular a participação feminina nas eleições municipais de outubro e defendeu a aprovação da PEC 134/2015 que acrescenta o artigo 101 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para reservar vagas para cada gênero na Câmara dos Deputados, nas assembleias Legislativas, na Câmara Legislativa do Distrito Federal e nas Câmaras Municipais. A PEC foi aprovada em 1º turno no Senado e agora está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
Desequilíbrio - O Senado, com 81 cadeiras, conta com 14 senadoras. Na Câmara Federal, dos 513 parlamentares, apenas 52 são mulheres, o que representa menos de 10%. Dos 27 Estados da federação, 16 deles não elegeram nenhuma representante no último pleito e dos 28 partidos que tem representação no parlamento, 17 contam apenas com homens ocupando vagas.
O Pará segue as estatísticas negativas de participação feminina no parlamento: no Senado, o estado não conta com nenhuma mulher; na Câmara dos Deputados, a bancada paraense, tem apenas 3 representantes femininas e 14 deputados federais; e na Assembleia Legislativa do Estado, dos 41 deputados estaduais, apenas 3 são mulheres.
A obrigação de que 30% dos candidatos sejam do sexo feminino, estabelecida na Lei das Eleições (Lei 9.504/1997), aumentou em apenas três pontos percentuais a participação delas na Câmara e no Senado (de 7% em 1997 para 9,9% em 2015), conforme aponta pesquisa da União Inter-Parlamentar.
Violência - O coordenador do Centro Judiciário de Resolução de Conflitos e Cidadania da Mulher do DF, juiz Ben-Hur Viza, falou sobre a onda de estupros que vem assustando o Brasil. Ele destacou que muitas mulheres são estupradas e não sabem.
“A mulher casada não é obrigada a ceder aos caprichos do marido. Se ela disse não é não. E o que passou disso é estupro e vai ser punido conforme a lei”.
O juiz também explicou que “é considerado estupro no caso das mulheres que não se encontram em condições de responder sim ou não”.
Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Governo Federal