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Igualdade no incentivo às atletas foi tema de debate na Casa Brasil
Acabar com as diferenças para o desenvolvimento das mulheres esportistas e começar a incentivá-las desde a formação da sua vida esportiva são os grandes desafios apontados pelas atletas olímpicas da ginástica rítmica, Francielly Machado, e do Jiu Jitsu, Michele Guimarães. Essa foi a conclusão do painel Empoderamento da Mulher por meio do esporte e da política, promovido pela Secretária Especial de Políticas p
O evento faz parte do Seminário Mulheres do Esporte – Cidadania e Inserção, realizado na Casa Brasil, no Rio de Janeiro.
A mediadora do debate, Kátia Lobo, subsecretária especial de Ações Temáticas do município do Rio de Janeiro, ressaltou a importância do esporte para o resgate da dignidade de jovens mulheres por todo o país.
“O empoderamento por meio do esporte acontece quando você consegue trazer aquela menina da comunidade e inserí-la em projetos sociais. Ela consegue conviver em grupo, consegue recuperar sua auto-estima, criar objetivos de vida. Com isso, damos um recado claro: você não precisa estar no meio a drogas e outras coisas”, disse.
Kátia contou do programa Uma Vitória Leva a Outra, desenvolvido no Rio de Janeiro com parceria da Onu Mulheres e o Ministério do Esporte, onde técnicos das Vilas Olímpicas recebem formação no enfrentamento à violência contra a mulher.
“Esses técnicos são nossos aliados nessa luta contra a violência”, explicou.
Francielly Machado, hoje atleta da seleção brasileira de ginástica rítmica, começou no esporte por meio de projetos sociais.
“Eu tinha sete anos e brincava de ginástica quando fui convidada a participar de um projeto. Mesmo com dificuldade, minha família me incentivou”, contou. Ela chamou a atenção para os patrocínios que acontecem, em sua maioria, após grandes resultados.
“Falta incentivo para a formação. Muitas crianças, como eu também pensei, desistem no meio do caminho. Eu tive apoio da minha família. Fizemos muita rifa, pedimos aos amigos, preparamos apresentações para arrecadar dinheiro para as competições”.
A atleta Michele Guimarães falou das dificuldades de integrar um esporte de referência masculina.
“É difícil encontrar mulheres treinando. Eu ouço muitas perguntas sobre assédio e preconceitos no esporte. Mas eu digo que o próprio Jiu Jitsu ensina o respeito ao próximo, além de garantir a auto-defesa para a mulher”, disse.
O secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Luis Lima, ponderou que o governo deve manter o Bolsa Atleta. Ele também informou sobre o trabalho de integração do esporte com a educação na rede de ensino de todo o país.
“Precisamos que as aulas de educação física se aproximem mais dos esportes”.
Lima também afirmou que há uma diferenciação, até mesmo no Bolsa Atleta, entre homens e mulheres, que precisamos corrigir.
Comunicação Social
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres – SPM
Governo Federal