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Durante o evento, mulheres de todo o país fizeram manifestação de apoio à Presidenta Dilma Rousseff
Governo Federal recebe pauta da Marcha das Margaridas 2015
Margaridas entregam pauta de reivindicação da Marcha 2015. Foto: Leo Rizzo
A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República(SPM/PR), recebeu nesta sexta-feira (03/07), em Brasília, a pauta Marcha das Margaridas 2015. O documento foi entregue pela Coordenação Nacional da Marcha, formada por mulheres do campo, da cidade, da floresta e das águas. O documento também foi entregue aos ministros Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência da República, e Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, além da secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Maria Fernanda Coelho, e representantes de diversos órgãos governamentais.
Ao entregar o documento às autoridades, a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Confederação Nacional de Trabalhadores da Agricultura (Contag), Alessandra Lunas, destacou as principais reivindicações. Entre elas, o avanço da Reforma Agrária no País e das ações de incentivo à agroecologia. O presidente da Contag, Alberto Broch, disse que a mobilização tem sido grande e há mais de um ano os encontros nos municípios se intensificaram, envolvendo milhares de mulheres.
Com o lema “Margaridas seguem em marcha por desenvolvimento sustentável com democracia, justiça e autonomia, igualdade e liberdade”, os pleitos das Margaridas estão baseados nos seguintes eixos: Soberania alimentar; Terra, água e agroecologia; Sociobiodiversidade e acesso aos bens comuns; Autonomia econômica: trabalho e renda; Educação não sexista, educação sexual e sexualidade; Violência; Direitos à saúde e direitos reprodutivos; e Democracia, poder e participação.
A ministra Eleonora Menicucci afirmou que a SPM/PR historicamente tem se empenhado para atender o movimento. Lembrou que a distribuição das unidades móveis, os ônibus da mulher, que levam informações sobre a Lei Maria da Penha para as mulheres do campo, da floresta e das águas, foi resultado de reivindicações da Marcha das Margaridas. Inclusive, a primeira foi entregue em 2013 em um local escolhido por sua simbologia: o município paraibano de Alagoa Grande, terra natal da sindicalista Margarida Alves, assassinada na década de 80. As unidades fazem parte do Programa Mulher Viver sem Violência da SPM.
O ministro Miguel Rossetto pediu que as Margaridas entreguem o documento aos ministérios e informou que todos foram orientados a recebê-las. O Governo Federal, segundo ele, está empenhado em dialogar com a Marcha. A ministra Tereza Campello enfatizou que, além de avançar, a Marcha tem que lutar para manter os direitos conquistados. Destacou o tratamento diferenciado por parte do Governo Federal para com a agricultura familiar, cuja participação da mulher é predominante. Já a secretária-executiva Maria Fernanda Coelho informou que a instituição está empenhada em apresentar para a Presidenta Dilma Rousseff, dentro de 30 dias, uma proposta de reforma agrária para os próximos quatro anos.
Manifestação – Entoando frases de ordem como “No meu país eu boto fé porque é governado por mulher” e “Não é só contra a Dilma não, é contra todas nós”, as Margaridas saíram em defesa da Presidenta Dilma Rousseff, a primeira mulher a governar o país e que vem sendo alvo de ações que agridem sua imagem como mulher e como pessoa pública.
Alessandra Lunas informou que a Contag emitiu nota de apoio à Presidenta, condenado os ataques que ela vem recebendo à sua honra. O ministro Miguel Rossetto afirmou que os fatos que estão ocorrendo são um “brutal desrespeito”. “Se fosse homem que estivesse lá (Presidência da República) isso não ocorreria”, completou o Ministro.
A ministra Eleonora Menicucci informou que durante a semana acionou a Advocacia-Geral da União, o Ministério da Justiça e o Ministério Público Federal pedindo apuração e punição para os responsáveis pela produção, divulgação e venda dos adesivos que atentam contra a imagem da Presidenta. Ela acrescentou que a SPM/PR tem recebido manifestações de organizações nacionais e internacionais de apoio. “Precisamos resistir e mostrar que não permitiremos qualquer ataque ao Estado de Direito”, afirmou, e concluiu: “Estamos juntas, continuaremos juntas e estaremos fortes na Marcha nos dias 11 e 12 de agosto.”
Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR