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Enfrentamento à violência contra a mulher é debatido na Marcha das Margaridas
Abertura de seminário sobre enfrentamento à violência contra as mulheres na Marcha das Margaridas. Foto: Teresa Silva/SPM
A Marcha das Margaridas promoveu, na tarde desta terça-feira (11/08), o Seminário Nacional: Conquistas e Desafios no Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo, da Floresta e das Águas com as participações da secretária de Enfrentamento à Violência da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), Aparecida Gonçalves, e da assessora especial da SPM, Raimunda Mascena. Durante o evento foram apresentadas as ações do programa Mulher, Viver sem Violência, voltadas para as mulheres rurais, como as unidades móveis que prestam atendimento e informações sobre a Lei Maria da Penha.
Aparecida Gonçalves apresentou um balanço das ações da SPM, os dados da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 e traçou um panorama da violência contra a mulher no país. Os números de atendimento do Ligue 180 mostraram que nos primeiros seis meses deste ano aumentou em 20% o índice de mulheres rurais que buscaram o serviço. Informou que, em comparação com o mesmo período de 2014, a Central constatou que houve aumento de 145,5% nos registros de cárcere privado até junho deste ano, com a média de oito registros/dia; e de 65,39% nos casos de estupro.
A secretária da SPM também indicou os desafios para que as ações da Secretaria alcancem um maior número de brasileiras. Entre eles, o aumento da capilaridade dos serviços e o aprofundamento do pacto federativo, para que União, estados e municípios atuem harmonicamente. Aparecida Gonçalves acentuou ainda a necessidade de garantia de direitos, uma vez que “não podemos tolerar qualquer tipo de violência contra a mulher. Nessa questão, é tolerância zero!”, enfatizou.
A assessora Raimunda Mascena, ex-trabalhadora rural, também destacou a ação integrada dos entes federativos no enfrentamento à violência do campo como um dos maiores desafios a serem enfrentados. “A marcha deve lutar para que os serviços de proteção à mulher sejam cada vez mais interiorizados e alcancem as mulheres do campo, da floresta e das águas”, disse, e completou: “O Brasil não será um país desenvolvido enquanto não enfrentar essa questão”.
Participaram da mesa de abertura do seminário Nilsa Sousa, do Movimento Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), e Carmen Foro, vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). A Marcha das Margaridas acontece no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.
Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR