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Encontro sobre o mundo do trabalho e seus desafios reúne mulheres sindicalistas de todo o país
Foto: Divulgação SPM
“Essa luta nos acompanha desde os processos de colonização, de como as mulheres negras lutavam para serem libertas daqueles regimes de opressão”, disse Nilma.
Para a Ministra, esse debate fortalece ainda mais o empoderamento das mulheres. “Esse encontro importante empodera nós mulheres que, com todas as nossas diversidades, conseguimos criar a Secretaria de Políticas para as Mulheres, responsável por realizar esse momento. Nós representamos a mudança deste país e levaremos essa chama e essa visão de emancipação como orientação no ministério”, afirmou a ministra.
Passaporte para a cidadania
O passaporte para a cidadania por meio da autonomia econômica foi destacado pela secretária Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), Eleonora Menicucci, como o caminho necessário para que as mulheres possam ter a liberdade de fazerem as suas escolhas e seus caminhos a serem percorridos.
“A autonomia econômica significa o passaporte para viver de acordo com as escolhas que elas fizeram para romper o lamentável ciclo da violência doméstica e sexual contra as mulheres, para romper com o racismo que assola esse mundo e o Brasil, e para romper com o sexismo, com a homofobia, a transfobia e o preconceito e gênero no nosso país”, defendeu Menicucci.
Na avaliação da Secretaria Especial, a autonomia econômica também serve para a mulher ter mais direitos, mais poder, mais participação política, que são os eixos da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que acontecerá em maio próximo .
“Temos que acabar, definitivamente, com a divisão sexual do trabalho e dentro de casa. Falamos deste os anos 70 que nós vestimos calça comprida e fomos para o serviço público, mas os homens não vestiram saia e foram pra dentro de casa. É essa a divisão sexual. Metaforicamente é essa”, disse a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.
Eleonora Menicucci citou ainda os avanços no governo federal na área da autonomia econômica com a PEC das trabalhadoras domésticas e o Programa Pró Equidade de Gênero e de Raça
http://www.spm.gov.br/assuntos/mulher-e-trabalho/programa-pro-equidade-de-genero-e-raca) nos diferentes mundos do trabalho, que incentivam práticas no término da discriminação de gênero e de raça e na ascensão e acesso à carreira e ocupação de cargos de poder. , encerrou.
Marcos legais e desafios
Os marcos legais e os desafios no mercado de trabalho foram destaques
de palestra da ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Delaíde Alves Miranda Arantes, que falou sobre a igualdade de remuneração com a Convenção 100 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 1951 ( (http://www.oitbrasil.org.br/node/445), tráfico de pessoas, terceirização, assédio moral e sexual, exploração do trabalho infantil e do trabalho análogo ao de escravo.
A Ministra citou estatísticas de violência doméstica, falou sobre o cenário de gênero dentro do judiciário, da desigualdade de direitos e frisou a necessidade da conscientização das mulheres: “As mulheres precisam saber que é possível vencer as barreiras e conquistar novos horizontes. Apresento aqui a frase de uma ativista abolicionista que diz: Libertei mil escravos. Teria libertado outros mil se eles soubessem que eram escravos”.
O 5º Encontro com Mulheres Sindicalistas contou ainda com a presença do secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Cláudio Alberto Castelo Branco Puty, na abertura, e com palestras da diretora de Pesquisa Emérita no Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), Helena Hirata, da professora doutora da Universidade de Brasília (UnB), Ana Cláudia Farranha, da socióloga Magda Neves (Universidade Federal de Minas Gerais) e e da secretária de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica das Mulheres (SPM/MMIRDH), que falaram sobre políticas de cuidado e o mercado de trabalho.
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